Decoração e design de interiores: qual a diferença?
O assunto é #polêmico entre os profissionais da área: apesar das semelhanças, cada um foca em um aspecto diferente do projeto
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Ambientes internos bem decorados geram bem-estar e estimulam a criatividade, em casa e no trabalho. Neste curso, você irá ampliar seus conceitos sobre decoração autoral e ficará por dentro das principais tendências contemporâneas da arte, da curadoria e do design de mobiliário, no Brasil e no mundo.
Decoração e design de interiores são frequentemente confundidos como a mesma profissão mas os termos não são completamente sinônimos. É verdade que existem muitas similaridades entre os cursos (como a paixão por transformar ambientes) mas também diferenças significantes – o assunto é quase polêmico! Pedimos ao arquiteto e designer de interiores Cezar Figueiredo, da Desembola, para nos ajudar na missão de acabar com esse tabu e diferenciar uma área da outra.
O surgimento de cada profissão
“A decoração é uma atividade que está presente desde as primeiras civilizações. Se você olhar através da história, vai identificar que ornamentar e pensar no ambiente construído sempre esteve presente desde os templos mais antigos. Ela sempre foi uma atividade extremamente artística e sempre teve esse desafio de traduzir o pensamento das civilizações nos ambientes que habitavam”, conta o arquiteto. A decoração é e sempre foi, portanto, uma ferramenta de contar a nossa história no mundo.
“A partir do século 18, a decoração começa a ganhar novas camadas de complexidade a partir da revolução industrial e das mudanças que a sociedade passa a atravessar. A partir do momento que a sociedade muda a forma de habitar, trabalhar e usar os espaços, essas mudanças trazem camadas mais técnicas à decoração e isso se acentua no século 20. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e pesquisas sobre ergonomia, conforto ambiental, novos materiais, novos equipamentos e eletrodomésticos, utensílios, as edificações passam por uma transformação radical, tanto na forma de construir como de ocupar e usar os ambientes”.
Com isso, a decoração passa a ser uma atividade cada vez mais técnica e com mais variáveis e já não é mais um fazer intuitivo, artístico, “mas passa a ser um processo que envolve um planejamento, um projeto e lançar mão de métodos, técnicas, conhecimentos científicos e ferramentas tecnológicas para se pensar no ambiente não apenas pelo viés estético, mas também com foco no usuário, pensando na funcionalidade, no conforto, na ergonomia, durabilidade, manutenção…”, continua Cezar. A decoração como historicamente conhecida passa a ser apenas uma das partes que compõem esse novo ofício.
Nomenclatura
Entre os anos 30 e 40, começaram os debates sobre a nomenclatura da profissão para abarcar de maneira mais ampla o que realmente era a profissão. O termo decorador de interiores foi dando espaço ao designer de interiores, uma vez que “design” significa projeto e inclui de maneira mais completa a complexidade da profissão. Em 1936, o American Institute of Decorators mudou de nome para American Institute of Interior Designers (AID) e com isso o termo “designer de interiores” foi ganhando o mundo e sedimentando a profissão.
“Isso tudo não significa que não exista mais o profissional decorador, mas a decoração é entendida como uma das partes que compõe o design de interiores, que por sua vez tem uma complexidade técnica ampla que envolve conhecimentos de iluminação, ergonomia, design de móveis, revestimentos, paisagismo, conforto térmico, acústico, instalações prediais, sistemas construtivos…”, conclui Cezar.
Em suma, enquanto a decoração é uma prática mais artística, estética, enquanto o design de interiores leva em consideração o planejamento e funcionalidade.
Diferença entre as profissões na prática
Design de interiores
- Curso: o aprendizado frequentemente envolve estudo de cores e tecidos, programas de simulação no computador (CAD), desenho, planejamento de espaço, design de móveis, arquitetura e mais.
- O que faz o profissional: designers de interiores estão confortáveis em assumir a responsabilidade de planejar um espaço e podem ajudar a criar e renovar interiores — de desenhar os móveis iniciais e pisos a decoração final. Eles focam não só na estética mas na funcionalidade do cômodo.
- Com quem ele trabalha: frequentemente, designers de interiores trabalham junto ao arquiteto e construtor para ajudar o cliente a conseguir o visual e funcionalidade que ele deseja.
Decoração de interiores
- Curso: focado principalmente em estética e não no planejamento estrutural do ambiente. O aprendizado frequentemente foca no estudo da história da arte e estilos artísticos, de tecido e cores, planejamento de espaço, estilos de móveis e mais.
- O que faz o profissional: bons decoradores entram em um cômodo e sabem deixá-lo mais bonito com a estrutura que eles têm disponível. Para espaços novos, eles ajudam a decidir um estilo, esquema de cores, comprar móveis e acessórios.
- Com quem ele trabalha: geralmente, não trabalha com arquitetos e construtores, já que eles não definem a parte estrutural do cômodo. Mas eles podem trabalhar com designers de móveis para decidir um estilo que o cliente quer.
Decoração de Interiores
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Ambientes internos bem decorados geram bem-estar e estimulam a criatividade, em casa e no trabalho. Neste curso, você irá ampliar seus conceitos sobre decoração autoral e ficará por dentro das principais tendências contemporâneas da arte, da curadoria e do design de mobiliário, no Brasil e no mundo.
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