Tipos de suculentas para cultivar e decorar a sua casa
Conheça os principais tipos de suculentas, as diferenças entre elas e como escolher as espécies ideais para o seu espaço, iluminação e rotina de cuidados.
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As suculentas são plantas que armazenam água nas folhas, caules ou raízes. Essa característica torna o cultivo mais simples e as torna ideais para ambientes internos, apartamentos e para quem busca plantas decorativas de baixa manutenção.
Apesar da fama de “fáceis”, cada tipo de suculenta reage de forma diferente à luz, à água e ao espaço. Escolher a espécie certa é o que garante plantas compactas, saudáveis e bonitas por muito mais tempo.
Principais tipos de suculentas
Echeveria (rosa-de-pedra)
Imagine uma rosa feita de folhas carnudas que fica baixa, compacta e muito fotogênica no peitoril da janela. A Echeveria adora luz abundante. Com pouca luz, estica o caule e perde a forma de roseta.
Como posicionar: Perto da janela mais clara da casa, com algumas horas de sol suave. Rode o vaso uma vez por semana para crescer simétrica.
Rega sem erro: Apenas quando o substrato estiver seco até 3–4 cm de profundidade (faça o “teste do palito” ou do dedo). Regue bem e deixe o excesso escorrer; depois, nada de “golinhos” diários. Evite água acumulada no centro da roseta: é porta aberta para apodrecimento.
Substrato e vaso: Mistura bem drenante (p. ex.: 2 partes de substrato para cactos + 1 parte de perlita/areia grossa). Vaso com furo; a terracota ajuda a secar mais depressa.
Temperatura e ventilação. Prefere 15–30 °C e boa ventilação. Frio húmido é cenário de risco.
Propagação: Folhas destacadas com a base íntegra criam novas rosetas; também forma rebentos laterais (“filhotes”).
Problemas comuns: Cochonilhas gostam de folhas velhas presas à base. Remova folhas secas e inspecione de quinze em quinze dias.
Crassula ovata (planta-jade)
A jade parece uma mini-árvore: tronco lenhoso, copa cheia. É resistente e uma excelente primeira suculenta para quem se esquece da rega.
Luz: Ambientes muito claros, com algum sol directo. Quanto mais luz, mais compacta e com margens avermelhadas.
Água: Deixe o substrato secar completamente entre regas. No Inverno, reduza bem: a jade armazena água nas folhas.
Vaso e poda: Use vaso estável (a copa pesa) e pode as pontas para ramificar e manter o formato de “bonsai”.
Floração: Pode florescer no final do Inverno se tiver muita luz e noites mais frescas.
Onde usar: Sala ou varanda envidraçada. Fica bonita sobre aparadores e mesas junto à janela.
Atenção. Mantenha fora do alcance de crianças e animais de estimação — a ingestão pode causar mal-estar.
Haworthia fasciata (zebra)
Folhas firmes em roseta, com riscas brancas: a “zebra” é compacta e tolera melhor luz indirecta do que outras suculentas — perfeita para a secretária.
Luz: Muita claridade, mas difusa. Sol direto e forte pode queimar as pontas.
Água: Parcimoniosa: espere secar totalmente e regue em profundidade. Em ambientes frescos, o intervalo é maior.
Substrato: Leve e muito arejado; raízes curtas não toleram encharcamento.
Onde usar: Secretária, prateleira perto da janela, bancada de casa de banho com boa claridade.
Sinais da planta: Folhas muito abertas e alongadas = falta de luz; folhas murchas e translúcidas = excesso de água.
Senecio rowleyanus (colar de pérolas)
Cachos de “bolinhas” que caem como joias de uma prateleira alta. Charmoso e sensível ao excesso de água.
Luz: Muito clara, com sol filtrado. Pouca luz = fios ralos e “pérolas” espaçadas.
Água: Prefere secar bem entre regas. Dica prática: regue por baixo (deixe o vaso num prato com água por alguns minutos) evite molhar o topo e reduza o risco de apodrecer os caules finos.
Vas:. Sempre com furo e substrato drenante. Cestos suspensos são bonitos, mas confirme a drenagem.
Propagação: Deite um segmento sobre o substrato e prenda suavemente; cada “pérola” pode enraizar e formar novos fios.
Cuidados extras: Os caules são frágeis; manipule pouco. Mantenha fora do alcance de crianças e animais de estimação.
Kalanchoe blossfeldiana (flor-da-fortuna)
Um “candelabro” de flores vivas sobre folhas carnudas, que ilumina a casa por semanas quando bem conduzida.
Luz: Muita claridade e algumas horas de sol suave. Para reflorir, respeite noites longas: por 6–8 semanas, ofereça ~14 horas de escuridão contínua/dia para induzir botões.
Água: Regue bem e só repita quando o substrato secar por completo. No frio, aumente os intervalos.
Substrato e vaso: Drenante (mistura para cactos com perlita/areia grossa). Vaso com furo; terracota ajuda a evitar umidade excessiva.
Pós-florada: Retire flores e hastes secas (“desponte”) para economizar energia e manter a copa compacta.
Propagação: Por estacas de folha ou ramos; deixe cicatrizar 24–48 h e plante em substrato levemente úmido.
Atenção: Partes da planta são tóxicas para pets; mantenha fora de alcance.
Aloe vera (babosa)
Rosetas arqueadas que armazenam água em folhas firmes — um clássico de fácil manutenção.
Luz: Claridade intensa com sol direto da manhã. Pouca luz deixa as folhas finas e alongadas; sol forte e repentino pode queimar as bordas.
Água: Rega profunda e espaçada. Deixe secar totalmente entre regas; no inverno, reduza bastante.
Substrato e vaso: Muito aerado e pobre em matéria orgânica. Vaso alto de terracota favorece drenagem e estabilidade.
Sinais do corpo: Folhas arqueadas e cheias = ok; moles/translúcidas = excesso de água; pálidas e esticadas = falta de luz.
Propagação: Mudas (“filhotes”) que nascem ao redor da planta-mãe; destaque com raiz própria.
Uso responsável. O gel interno é de uso tópico; a camada amarela (látex) pode irritar pele e mucosas. Evite ingestão sem orientação e mantenha longe de pets.
Sedum morganianum (rabo-de-burro)
Uma cascata de “contas” azul-esverdeadas que desce de prateleiras e cestos — linda e… delicada ao toque.
Luz: Ambiente muito claro, com sol filtrado. Sombra demais deixa os “rabos” ralos e espaçados.
Águ:. Mínima e certeira: molhe até escorrer e só repita com o substrato completamente seco. Evite pulverizar o topo.
Substrato e vaso: Drenante e leve; vasos pendentes com furos amplos. Movimente o mínimo possível: as folhas se soltam com facilidade.
Propagação: Aproveite folhas caídas: deixe cicatrizar 1–2 dias e deite sobre o substrato; também pegue por estacas de ramo.
Cuidados práticos:. Gire o vaso no lugar para uniformizar a luz; ao limpar, manuseie pela borda do vaso, não pelos caules.
Graptopetalum paraguayense (planta-fantasma)
Rosetas com “pó” opalescente que varia do cinza-prateado ao rosado conforme a luz — parece etérea, mas é resistente.
Luz: Muita claridade com algumas horas de sol. A cor se intensifica ao sol; na sombra, fica mais verde e alongada.
Água: Regue só após secagem completa. Evite água parada no miolo da roseta.
Substrato e vaso. Mistura para cactos + perlita/areia grossa. Toque mínimo nas folhas: o bloom ceroso (a “névoa” prateada) sai com facilidade.
Propagação: Extremamente fácil por folha: destaque com base íntegra, cicatrize e apoie sobre o substrato até enraizar; também forma mudas laterais.
Composição na decoração: Em vasos rasos, crie tapetes de rosetas; combine com pedras claras para valorizar o contraste.
Como escolher espécies de suculentas para o seu ambiente
Antes de escolher uma suculenta, observe três pontos principais:
1. Iluminação
- Sol direto: echeveria, graptopetalum, aloe, jade
- Luz indireta intensa: haworthia
- Luz filtrada e prateleiras altas: senecio e sedum
2. Espaço disponível
- Mesas e aparadores: suculentas compactas (echeveria, haworthia)
- Prateleiras e nichos: espécies pendentes
- Chão ou cantos: jade em vaso maior
3. Rotina de cuidados
- Pouco tempo para regar: jade, aloe, haworthia
- Interesse em flores: kalanchoe
- Interesse em propagação: echeveria e graptopetalum
Regra prática: vaso com furo + substrato solto + rega só após secagem total.
Ideias de decoração com suculentas
- Centro de mesa: vaso raso com rosetas variadas
- Prateleiras: suculentas pendentes criando movimento
- Home office: haworthia ou pequena jade
- Aparadores: composição com vasos de alturas diferentes
- Cantinho verde: jade em vaso grande como ponto focal
Suculentas funcionam melhor em grupos e em vasos simples, que valorizam as formas naturais da planta.
Conclusão
Suculentas são plantas versáteis, resistentes e altamente decorativas — desde que a escolha respeite a luz, o espaço e a rotina de cuidados.
Entendendo as diferenças entre os tipos de suculentas e aplicando o básico corretamente, é possível manter plantas saudáveis por meses, mesmo em ambientes internos. Com o trio certo — luz adequada, substrato drenante e rega consciente — o cultivo deixa de ser tentativa e erro e passa a ser previsível, simples e bonito.
Paisagismo
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