O processo de criação de um dos maiores paisagistas do Brasil: Gilberto Elkis
Reconhecido mundialmente, o brasileiro conta à EBAC a inspiração por trás de um dos seus maiores projetos e dá dicas para quem está começando.
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Há mais de trinta e cinco anos no mercado, Gilberto Elkis tem desenvolvido projetos de Paisagismo para os clientes mais exigentes do mundo. E o trabalho tem sido reconhecido na mesma proporção: hoje, ele é requisitado no Brasil e em diversos países da Europa, África e Américas do Norte e Sul, além de ter sido eleito, em 2004, como o autor da Melhor Piscina do Mundo pela revista inglesa Wallpaper, com seu projeto para o Hotel Unique, em São Paulo.
Inspiração e despertar
“Não posso nem dizer que Paisagismo é minha profissão. É a paixão da minha vida. Sempre fui muito envolvido com a natureza, desde criança”, conta.
“Tudo começou com 8 anos, quando fui para o litoral norte de São Paulo, em uma viagem de carro com meus pais indo do Guarujá até Ilhabela. Naquela época, não havia rodovia, todo o percurso era pela praia e estrada de terra. Uma hora, o carro quebrou e eu tive oportunidade de descer na praia Barra do Una. Foi aí que começou minha admiração pela natureza”.
Deste primeiro contato, veio a percepção das diferentes formas, texturas, núcleos e volumes da exuberante massa vegetal, que fez nascer o paisagista.
Para Elkis, “o homem é biophilico. Os seres humanos têm uma necessidade biológica e emocional de conexão com a natureza, essa afinidade ajuda a melhorar a sensação de bem-estar, a sociabilidade e a criatividade.
Um estudo na prática: o jardim do Hotel Unique
Quem hoje passa pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, um dos marcos da cidade de São Paulo, não consegue deixar de reparar no Hotel Unique, com uma arquitetura admirável e um jardim de entrada “clean” e que remete à elegância ao mesmo tempo que à natureza.
“Minha inspiração vem sempre das minhas viagens. Também de minha leitura e minhas pesquisas através de várias redes sociais como Pinterest, mas principalmente das viagens em que posso estar em contato com a natureza”, conta ele, que revela a grande inspiração por trás do jardim do Hotel: o rio Amazonas.
“O resultado é uma composição que não briga com a arquitetura do hotel, mas a complementa”
“A arquitetura tem que conversar com o paisagismo de maneira simbiótica. Da maneira que eu vejo: a arquitetura é a obra de arte, o quadro, e o paisagismo é a moldura. Você não pode colocar uma moldura enorme e trabalhada em uma foto 3×4, ela vai competir com a imagem. Ao mesmo tempo, um quadro encorpado pede uma moldura à sua altura. É o mesmo na relação entre arquitetura e paisagismo: tem que haver esse equilíbrio.”
O terceiro elemento
Arquitetura e paisagismo, como Eikis conta, precisam se complementar, mas há ainda um outro elemento a se considerar: o cliente.
É claro, a vontade do cliente precisa ser considerada, mas estamos falando de algo ainda além. “Não adianta nada ter uma ótima conversa entre arquiteto e paisagista e não considerar a personalidade do cliente no sentido de que, se o cliente não tem o perfil ou a paciência para cuidar daquelas plantas, elas vão ficar feias e de nada vai adiantar um projeto lindo. É preciso levar isso em consideração na hora de escolher quais plantas e elementos vão constituir o projeto.”
Dicas para quem está começando
Observe mais e treine o olhar
Olhar para uma paisagem de uma floresta pode trazer diversas inspirações, mas que tal olhar mais atentamente? “Em vez de olhar para a imagem como um todo, eu observo uma planta específica e, desta planta, uma parte ainda menor”, conta Gilberto, que exemplifica com a imagem do broto de samambaia, cujas linhas que se projetam em uma curva já inspiraram diversos projetos de paisagismo como uma marina na China, uma universidade no Japão ou um prédio em Singapura.
Aposte no Brasil
“Quando eu comecei no Paisagismo, eu estagiei em uma empresa dos EUA. Na época, queria ficar naquele país e pedi pra mãe de um amigo me ajudar com o visto. Ela me desaconselhou, me falou para voltar ao Brasil porque aqui é um lugar de oportunidades. E ela estava certa, já na época e ainda mais hoje, há muita procura por esses profissionais no Brasil, é um mercado muito grande. Por isso, minha recomendação, para quem está começando é: aposte nesse mercado nacional.”
Paisagismo
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