Como entender um projeto de arquitetura e de design de interiores
A visualização tridimensional é um recurso muito aplicado por designers e arquitetos antes de uma obra ser iniciada. Saiba como isso acontece e quais os recursos visuais utilizados
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Os projetos de arquitetura e design de interiores têm um processo bastante visual antes de chegar na fase de execução de uma obra.
Cezar Figueiredo, arquiteto e designer de interiores na Desembola e professor da EBAC no curso de Design de Espaços Comerciais, explica que a computação gráfica é usada desde os momentos iniciais do projeto.
A visualização tridimensional – seja por meio de maquetes físicas, croquis, etc. – é essencial para que uma pessoa que não entende nada de desenhos técnicos e bidimensionais ainda assim consiga compreender como será o projeto.
É aí que entra o CGI, sigla para Computer Graphic Imagery – sim, a mesma tecnologia usada em filmes e games. Na arquitetura e design de interiores, o CGI surge nas maquetes 3D (chamadas de maquetes virtuais) e também em tecnologias imersivas como realidade virtual e aumentada (VR e AR), permitindo ao cliente “andar” por dentro do projeto que ainda não foi construído. A tecnologia é aplicada ainda na criação de vídeos e imagens realistas ou soluções como o tour virtual 360 graus, que dão a exata noção do projeto e do resultado.
Maquetes virtuais
“Também conhecidas como maquetes eletrônicas, são a representação visual em três dimensões de um projeto de arquitetura utilizando softwares gráficos, como para simular a realidade”, explica Nathalia Hartung, arquiteta e engenheira civil, Head do Archathon, na Archa. É uma ferramenta indispensável do cotidiano de arquitetos e designers de interiores. “”Nós investimos muito na ferramenta Archabox que é um plug-in para baixar blocos 3D. A biblioteca do Archabox permite que o arquiteto baixe e especifique blocos de produtos reais vendidos em e-commerces, permitindo que o arquiteto ou designer tenha um orçamento em tempo real”.
Os projetos 3D ajudam a reduzir erros, economizar tempo, dinheiro e aumentar a qualidade da sua entrega.
Renderização de imagens
A partir do fotorrealismo, é possível criar e apresentar digitalmente as várias vistas de um ambiente com riqueza de detalhes, antes mesmo da obra começar. Esse processo é chamado de modelagem 3D.
O render ou renderização, simplificando, é a finalização das imagens geradas artificialmente usando softwares. “É como se fosse o acabamento fino, que vai dar texturas, cores, iluminação às imagens, aproximando-as de uma foto”, diz Nathalia.
Existem profissionais especializados apenas nessa etapa. Eles seguem cuidadosamente os desenhos técnicos para garantir que o projeto mantenha proporções precisas, considerando informações como a localização e os arredores do projeto. Por exemplo, ao fazer uma renderização exterior realista de um prédio de escritórios, é preciso considerar suas dimensões gerais, assim como o tamanho de portas e janelas, espaço de estacionamento, carros, pessoas na rua e assim por diante. Se uma dessas informações for mensurada incorretamente, toda a cena será distorcida.
Os projetos são criados com agilidade e permitem alterações em minutos ou até mesmo em tempo real. O profissional cria reflexos e demais texturas de um ambiente com meticulosidade. Com o desenvolvimento das visualizações atingindo detalhamentos hiper-realistas, a cena gerada é fácil de ser confundida com uma fotografia.
Tour virtual
Essa é uma das maneiras imersivas de mostrar o ambiente em todos os ângulos aos visitantes, criando a sensação de realidade do espaço.
O Tour virtual 360º é a combinação de imagens panorâmicas com alta qualidade que cobrem todo o ângulo de visão (ou seja, 360 graus). Os profissionais projetam os ambientes em 3D, criando imagens que consideram vários pontos de observação. Usando softwares específicos, criam uma sequência que compõem os 360 graus.
O processo é feito em todas as áreas do projeto, por exemplo, em cada cômodo de um projeto de uma reforma residencial.
Realidade aumentada
No vídeo abaixo, do estúdio dinamarquês BIG Bjarke Ingels Group vemos o arquiteto apresentar no vídeo abaixo o projeto do icônico empreendimento “8 House”, utilizando realidade aumentada – o que em 2010, era algo disruptivo, comenta Cezar Figueiredo.
Hoje, entretanto, usam-se esses recursos para tarefas tão simples quanto testar um móvel em um ambiente, por exemplo. Algumas marcas oferecem seus móveis por meio de aplicativos de realidade aumentada”, diz Cezar.
A realidade aumentada atualmente ganhou novos usos com os softwares de modelagem de informações (conhecidos pela sigla BIM) em cenários complexos como compatibilizar estrutura, elétrica e hidráulica com o auxílio de recursos de 3D.
Mas para apresentação de projetos, Cezar diz que estão sendo usados recursos mais modernos, como o uso de óculos de realidade virtual e “passeios imersivos” nos projetos, com os usuários com um avatar em um jogo.
Para criar esses recursos são utilizados softwares como SketchUp e V-Ray, 3D Max, até mesmo Unreal Engine e softwares de modelagem de informações (BIM) como Revit e Archicad.
Os recursos gráficos entregam a grande vantagem da pré-visualização fiel a realidade, melhor percepção do projeto para os clientes. No entanto, são modelagens complexas que demandam ferramentas e softwares específicos para se obter um resultado realmente impactante. Assim, dominar essas tecnologias torna o designer de interiores um profissional valorizado nesse mercado. Conheça o curso profissão: designer de interiores da EBAC: nele você também aprende os softwares AutoCad, Photoshop, SketchUP e V-ray.
Decoração de Interiores
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