Hotel Sacher em Viena, Áustria. (Crédito: INstagram/Reprodução @accidentallywesanderson AWA Adventure Guides, unique stories, and new goodies just for you).
O poder das cores no design de interiores
Elas são um recurso imediato para transformar qualquer ambiente, mas não só: as cores também influenciam nossos sentimentos e humor
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Uma nova cor é capaz de mudar completamente a atmosfera de um ambiente. Elas têm papel fundamental na mensagem que será transmitida para as pessoas que irão viver ou trabalhar ali. “Mais do que uma linguagem visual para pensarmos o design dos espaços, as cores têm o poder de despertar sensações e influenciar a percepção do ambiente pelo cérebro humano. Elas são estímulos físicos, percebidos pela visão, e decodificados pelo cérebro. O uso da cor, a predominância, o tom, a saturação e como a iluminação vai incidir sobre ela muda a percepção que temos do espaço em relação dimensão, peso, temperatura e desperta emoções, condicionando, estimulando ou alterando comportamentos”, explica o arquiteto Cezar Figueiredo, da Desembola Decoração.
Portanto, na criação de um projeto, é preciso levar em consideração a preferência de quem vai transitar por determinado ambiente, ao mesmo tempo ter em mente qual a atmosfera que o designer de interiores quer criar. Cezar explica que “as escolhas devem atrelar os esquemas de harmonia e combinação cromática mais agradáveis e comunicação visual, como também pensar nos aspectos psicológicos e sensoriais da cor. E, sempre levar em conta como a percepção da cor é alterada pela iluminação. Tudo deve ser pensado em conjunto”.
A relação de cor e luz
As cores estão completamente relacionadas à luz. A física explica a cor como uma frequência de vibração de onda eletromagnética que os olhos captam a partir da luz incidindo sobre uma superfície. Cezar explica ainda que, “após ser captada, essa vibração é decodificada pelo nosso cérebro e isso, inevitavelmente, gera um estímulo. Portanto, diferentes cores geram diferentes estímulos”.
Entender esse processo é importante para pensar além da preferência pessoal em relação às cores, pois elas transmitem uma carga sensorial enorme a partir da nossa percepção. Um exemplo clássico são cores que despertam ânimo, energia, enquanto outras cores provocam relaxamento.
“Um quarto com predominância de vermelho intenso produz uma sensação de movimento e inquietude, já o azul pastel já nos traz uma sensação de calma. E essas sensações não tem relação com você gostar ou não de azul ou vermelho. Portanto, a escolha da cor deve ser muito criteriosa em relação ao uso, sobretudo em espaços com atividades que demandam algum tipo de sensação específica. Isso não quer dizer que existem cores que não possam ser usadas em determinados ambientes, mas é preciso dosar seu uso pensando nessas questões sensoriais e de estímulos”, diz Cezar.
A psicóloga, socióloga e terapeuta alemã Eva Heller publicou, em 2012, o livro “Psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão”. “A publicação é muito fundamental para esse entendimento chamado ‘psicologia das cores’. Nele, Eva vai além das questões sensoriais imediatas da percepção das cores e aborda as relações profundamente enraizadas em nossa sociedade em relação às cores que se refletem na nossa linguagem e no nosso pensamento em relação a elas. Eu gosto muito de pensar a psicologia das cores como esse arcabouço que não envolve apenas a percepção mas também uma construção social de seus significados. É impossível dissociar a ideia de vermelho a alguma conotação de paixão, por exemplo, enquanto é também uma cor dinâmica e estimulante. Esses aspectos coexistem, então seria muito simplista dizer que uma cor tem uma relação tão direta no nosso psicológico, por que ela depende do contexto em que está sendo aplicada”, analisa Cezar.
Em “A interação da cor”, o artista e professor da Bauhaus Josef Albers também discute isso. Ele explica que a análise de uma cor sempre será feita em comparação a outra e isso é muito complementar a essa ideia de que a psicologia das cores não é um conceito isolado, mas que é uma leitura que envolve os sentidos mas também o contexto e o repertório de quem está sendo impactado por aquela cor. Então é sempre bom misturar esse conhecimento para se fazer uma escolha muito mais adequada para os ambientes.
As cores mais usadas no design de interiores (e seus significados)
Pedimos ao arquiteto Cezar Figueiredo que revelasse o que as cores mais aplicadas em seus projetos de decoração de ambientes transmitem. Veja:
AZUL
Tons profundos como azul marinho e azul cobalto, são ótimos para transmitir confiança e estão associados a qualidades admiráveis, como lealdade, paz e sucesso. Tons mais claros da cor, passam uma sensação de calma e tranquilidade.
VERMELHO
O vermelho é tom mais dramático e uma cor que desperta emoções e estímulos. É uma cor estimulante e que energizante e cria uma sensação de movimento onde é aplicada. Frequentemente associado a sentimentos como paixão, emoção e energia.
AMARELO
O amarelo está sempre associado a alegria, otimismo e energia, além de velocidade e luz do dia. Tem um efeito solar e reflete a cor por todo o ambiente.
VERDE
O verde é a frequência média das cores no espectro eletromagnético. Portanto é um tom extremamente positivo, pois estimula pensamentos de equilíbrio, crescimento e restauração. Imediatamente traz à mente o mundo natural, e uma sensação refrescante.
Decoração de Interiores
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