Em sua coluna mensal, o professor André Palme fala sobre a forma como consumimos o conteúdo em áudio.
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por André Palme
Cada um de nós tem nossas preferências e rotinas de consumo de conteúdo. Alguns preferem mais se informar, outros mais se entreter e outros fazem um balanço entre as duas coisas. Algumas pessoas recorrem a um livro para isso, outras ligam a TV e ficam com o celular como segunda tela o tempo todo, outros quase que exclusivamente usam as redes sociais como fonte de tudo…tem também quem prefira ir pros games e quem, como a Vó Iba prefira mesmo é ler o jornal Zero Hora todo dia de manhã.
O fato é que o áudio tem entrado – e ficado – na rotina de cada vez mais gente, seja como formato de informação e instrução, seja como entretenimento ou para aprofundar o que você sabe sobre um assunto que você gosta. Seja através de conteúdos mais curtos, episódios, conteúdos longos ou mesmo pequenos programas de até 20 minutos, como tem feito a Snippet. E, para a maioria das pessoas, o áudio tem sido um grande aliado e companheiro para as atividades onde você está com o corpo ocupado fazendo algo ou se deslocando de um ponto para o outro, mas está com a cabeça livre o suficiente para consumir algo enquanto faz essa atividade.
Até pouco tempo atrás a música era a escolha mais natural – para não dizer a única, porque existem apps de rádio digital – para esse momento fone de ouvido. Claro que existem os leitores do metrô e as pessoas que correm na esteira vendo série, algo que eu admito, me enjoa em poucos minutos :/
Mas essa escolha natural da música tem dado lugar ao conteúdo em áudio, mais e mais. Os números são cada vez mais impressionantes, na quantidade de pessoas que semanalmente e, muitas vezes diariamente, ouvem algum conteúdo em áudio que não seja música: podcasts, audiobooks ou audiodramas (ou storycast, um termo que descobri essa semana para definir podcasts narrativos).
Segundo o Guia de Podcast Advertising do IAB, 35% das pessoas que declaram ouvir podcasts fazem isso 3 ou mais vezes na semana e outros 20% pelo menos 2 vezes na semana. Dos ouvintes, 86% consomem pelo smartphone, contra 42% no computador e 11% no tablet.
Ainda neste estudo, a figura abaixo mostra o porque as pessoas ouvem podcasts:
Outro estudo, feito pelo Grupo Globo e o Ibope, revelou que 44% das pessoas ouvem enquanto realizam atividades domésticas, 24% em deslocamento, 20% durante atividades físicas e outros 18% junto com cuidados pessoais. Uma parcela grande (38%) consome enquanto navega na internet. Algo bem interessante também é que 57% dos entrevistados disse ter começado a consumir durante a pandemia.
Quando falamos de audiobooks, que são narrativas mais longas e, podem ser consumidos por capítulos, assim como os storycasts podem ser consumidos por episódios, temos na Storytel um padrão de consumo maior durante a semana e durante o dia. Nas pesquisas com nossos usuários, o consumo do enquanto aparece tão claro quanto os números dos estudos acima.
Claro que existe um outro lado, também relevante e interessante: as pessoas que usam o áudio como um consumo para atenuar a fadiga de tela e poder se entreter e se informar sem ter que olhar para um monitor, um celular ou uma TV. Mas por todos os números que a indústria tem nesse momento esse tipo de consumo é exceção, mas não por isso menos importante…ainda mais sendo um aliado para a fadiga de tela.
Isso reforça meu pensamento de que o áudio tem delimitado um território onde a maior parte do consumo vai ocorrer: o enquanto. Um tipo de consumo que te ajuda a passar por atividades mecânicas e por vezes chatas ou em deslocamentos de um ponto para o outro.
Mas enquanto a música pode também ter uma escolha de consumo do enquanto, ela tem um aspecto social, de ser consumida em festas, reuniões de amigos ou mesmo aquele conteúdo de background que faz uma ambientação para evitar o silêncio, a boa e velha música de elevador. Já a TV e o vídeo, também tem uma característica de consumo individual, mas tem também um outro aspecto – além do cinema claro – de consumo em grupo, de ver uma animação com as crianças, um filme com os amigos ou uma série com seu companheire. O áudio não tem – ou tem pouquíssimo – esse aspecto social, de reunir um grupo de pessoas para colocar um podcast ou um audiobook na caixa de som e todo mundo ficar ouvindo, ou mesmo de maratonar um storycast com seu crush no final de semana. Como sempre, existem exceções de onde o áudio é social…aqui em casa cada viagem tem sua playlist de episódios e capítulos 🙂
Mesmo com essas exceções, a regra é que o áudio tem majoritariamente esse tipo de consumo, o enquanto. Isso inclusive implica um cuidado no conteúdo e na produção, já que a narrativa tem que prender o ouvinte e considerar que ele não está com 100% da atenção dedicada ali. Ao mesmo tempo, o áudio já mostrou ter um poder de empatia, conexão e identificação entre conteúdo e ouvinte muito poderoso. Esse artigo mostra o poder do conteúdo consumido em fones de ouvido.
E você, tem produzido conteúdo para ser consumido por essa quantidade gigantesca de ouvintes, que crescem e vão crescer ainda mais? Você também é um ouvinte do enquanto ou é daquele que senta no sofá, dá o play, fecha os olhos e esquece do mundo?
Produção de Conteúdo em Áudio
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