Do sentimento de frustração para o de autorrealização: a transição de carreira de Camila Garcia
Após começar o curso Profissão: Engenheiro de Qualidade de Software, Camila passou em quatro processos seletivos. Hoje, ela atua como analista de qualidade de software na Stefanini, está realizada profissionalmente e recebe um salário que jamais havia imaginado.
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Camila Garcia (34 anos), que mora em Belo Horizonte (MG), estava frustrada na área de negócios. Sem reconhecimento nem estabilidade, ela sentiu que era hora de mudar de profissão. Com aptidão para TI e a partir de um conselho de um amigo, ela escolheu a área de Qualidade de Software para ir.
Com a ajuda do conteúdo do curso Profissão: Engenheiro de Qualidade de Software e estudos complementares, ela conquistou uma vaga de nível júnior. De lá para cá, Camila evoluiu em sua carreira e, hoje, atua como analista de qualidade de software de nível pleno na Stefanini.
Para saber mais sobre a sua trajetória, conversamos com Camila, que nos contou por que decidiu sair da área de negócios, como o Centro de Carreiras da EBAC a ajudou e o que ela espera daqui para frente.
Atuar no setor de negócios estava causando frustração. Por isso, Camila sentiu que era hora de mudar de área.
“Eu sou de comunicação. Cursei publicidade e marketing, então as minhas primeiras formações e experiências profissionais foram nessa área. Mas eu trabalhei a maior parte da minha vida no setor de negócios.
Antes de fazer a transição, eu atuava na área de relacionamento com cliente em uma empresa de engenharia. Eu fazia contrato, pós-venda, fidelização de clientes… fiquei bastante tempo desenvolvendo essas funções.
Mas como eu vim de uma cidade pequena, achava que me esforçava muito e tinha poucas oportunidades de crescimento. Eu estava frustrada. Por conta desse sentimento, fui percebendo que eu estava com vontade e pronta para uma transição de carreira.
Naquele momento, eu queria estabilidade, reconhecimento e condições adequadas de trabalho. Antes, era difícil conseguir por conta da volatilidade do mercado de negócios. Por isso, fui em busca de outras oportunidades.”
Com perfil para atuar na área de Qualidade de Software, Camila decidiu arriscar e foi atrás de vagas
“Eu sempre tive aptidão para a área de tecnologia, mas era mais autodidata. Na empresa em que eu trabalhava, por exemplo, eu tinha certa liberdade, então já havia implementado sistemas, já fiz sites… Por isso, quando eu percebi que queria migrar de área, achei que ir para TI fazia sentido e seria uma boa ideia.
Comecei a estruturar um plano de carreira e tive o apoio de um amigo meu que era de TI. Ele disse que o meu perfil combinava com a área de qualidade de software, já que eu tinha uma bagagem profissional em negócios e a parte técnica eu poderia adquirir com um curso.
Com esse incentivo, eu tomei coragem e comecei a mandar currículo, mesmo não sabendo muito a respeito da área de qualidade. E em uma dessas vagas, acabaram me chamando para uma entrevista. Fui aprovada na primeira etapa com o setor de Recursos Humanos e, para a fase seguinte, precisava de conhecimentos técnicos. Quando isso aconteceu, pensei ‘e agora? Vou ter que dar um jeito!’. E aí, eu corri e comecei a pesquisar os melhores cursos de qualidade de software.”
Conteúdo do curso da EBAC ajudou Camila a conquistar vaga de nível júnior
“Ao fazer a pesquisa por cursos, coloquei o que precisava aprender de prontidão para conseguir a vaga de nível júnior. Foi aí que eu encontrei a EBAC. Fiz uma pesquisa sobre a escola, vi que tinha boas referências e percebi que o conteúdo era mais ou menos o que a descrição da vaga pedia. E aí eu decidi entrar de cabeça.
A princípio, o meu objetivo era aprender bem os assuntos abordados nos primeiros módulos porque eu sabia que iria me ajudar a passar de etapa no processo seletivo. E foi justamente o que aconteceu. O conteúdo dos cinco primeiros módulos era o que a vaga pedia para o nível júnior.
Nos primeiros módulos, a gente vê conteúdos mais introdutórios e teóricos, e aprende conceitos. Então, com o curso e com a ajuda de materiais complementares – do curso, da internet e de certificações -, eu conquistei a vaga!”
Após cerca de seis meses, Camila passou em mais três processos seletivos, mudou de empresa e migrou de júnior para pleno
“Eu consegui a vaga na metade de 2021 e, no final do ano, surgiu uma oportunidade de migrar de júnior para pleno. Mas, na minha cabeça, eu não tinha capacidade de subir de nível porque ainda estava começando na área.
Nessa mesma época, eu fiz as consultorias com o Centro de Carreiras da EBAC. A Carolina Fiordelisio (team leader do Centro de Carreiras) me encorajou muito a tentar migrar de nível, nós criamos metas e ela me ajudou a estruturar o meu LinkedIn. Por conta disso, eu decidi sentir como estava o mercado. Acabei fazendo três entrevistas e passei em todas ao mesmo tempo!
No final, eu estava com a oportunidade de migrar para a vaga de pleno na empresa em que eu estava e surgiram mais três vagas que também eram para o nível pleno em outras empresas. Fiquei surpresa porque eu realmente não esperava.
Entre elas, eu escolhi a que oferecia as melhores condições para mim. Analisei em qual eu poderia trabalhar remotamente, onde eu teria uma boa faixa salarial e benefícios. Desde então, estou na Stefanini, que é uma fábrica de software, e estou trabalhando com o Banco do Nordeste, no projeto do Pix.”
Experiência em outras áreas é um dos diferenciais de Camila, e isso faz com que ela tenha bons insights em reuniões
“O que eu senti que tinha de diferencial para entrar nessa área foi ter passado por muitas experiências. É comum para quem está em transição de carreira, principalmente da área de humanas para a de TI, pensar ‘por eu ser de outra área, não vou me dar bem em TI’, e eu sempre digo o contrário.
Eu percebi que as vivências que você adquire ao longo da vida podem ser um diferencial. As empresas valorizam a multidisciplinaridade. Ficar focado apenas em código não é mais suficiente. Hoje eu vejo que tem pessoas muito mais experientes tecnicamente do que eu, mas elas não conseguem dar insights como os meus. E isso eu consigo graças às minhas experiências anteriores com outras equipes e desafios. Então, para quem está em transição de carreira, eu falo isso: você tem uma bagagem que, às vezes, quem é mais jovem ou sempre trabalhou na área de TI não vai ter.”
O curso foi um pilar para Camila. Conteúdo e fórum a ajudam em seu dia a dia
“O curso é a minha base. Ele foi a minha primeira orientação técnica sobre essa área e me direcionou. Hoje, no geral, quando eu tenho contato com algo novo, não encaro como um bicho de sete cabeças, que era como eu via tudo um mês antes de entrar no curso. E isso foi um diferencial para mim. No curso você tem contato com um conteúdo teórico, técnico e prático e, quando começa a trabalhar de fato, você sente que tudo faz sentido.
Eu ainda não terminei o curso. O conteúdo é tão denso que eu ainda estou fazendo os módulos. Inclusive, existem tecnologias abordadas nele que eu ainda não usei no meu trabalho. Quando eu vejo que vou precisar de um conteúdo específico, eu faço o módulo e me aprofundo. Além disso, o fórum da EBAC também me ajuda bastante nos meus estudos. Eu consulto os professores e os tutores quando tenho dúvidas, inclusive sobre os meus projetos pessoais.
Então, posso dizer que o curso é o meu pilar. Até a minha mãe fala que esse curso foi a melhor escolha que eu fiz. Foi fundamental para mim, realmente me ajudou e foi um divisor de águas.”
Centro de Carreiras orientou sobre entrevistas, currículo e LinkedIn, e deu confiança para Camila
“Eu não tenho muita vergonha de falar nem dificuldade para contar a minha trajetória. A Carol observou essa minha característica e falou que era um ponto positivo. A partir daí, ela me orientou a abordar determinados assuntos nas entrevistas e a dar mais ênfase em algumas experiências minhas.
Mas para mim, o mais importante nas consultorias foram as orientações sobre o meu currículo e LinkedIn. A Carol me deu dicas sobre como eu poderia fazer uma linha do tempo das minhas experiências e o que fazia sentido colocar ou não.
Além disso, o Centro de Carreiras também fez diferença na minha trajetória porque me deu confiança. Sendo bem sincera, eu tinha muita insegurança porque eu me achava velha para entrar nesse mercado. Eu achava que as pessoas mais jovens iriam me ‘engolir’. Mas a Carolina disse que não seria assim, e ela estava certa. Eu vejo que posso agregar e eles me ajudam também.”
Hoje Camila está satisfeita com o trabalho que exerce, tem qualidade de vida e recebe um salário que jamais havia imaginado
“A minha vida mudou completamente por conta da migração de carreira. Eu saí da casa dos meus pais e, hoje em dia, moro sozinha. Eu posso trabalhar remotamente, sinto uma autorrealização, considero o meu trabalho legal e importante, conheço diversos profissionais de diferentes lugares do Brasil e tenho uma remuneração que eu nunca tinha tido em toda a minha vida.
Isso porque da época em que eu trabalhava na parte de negócios até o meu primeiro emprego na área de TI, eu tive cerca de 40% de aumento no meu salário. Do meu primeiro emprego para o segundo em Qualidade de Software, eu dobrei o salário, passei a receber um fixo de R$ 7 mil, além de ganhar mais benefícios. A mudança foi brusca!”
Para o futuro, Camila vai continuar estudando para evoluir cada vez mais na profissão
“Agora eu estou numa etapa de construção do meu futuro profissional e o mercado cobra uma agilidade da gente. Eu sei que para migrar de pleno para sênior, eu preciso de mais maturidade técnica e estou estudando para isso.
Hoje eu vejo que tenho dois caminhos, mas ainda não consigo definir para qual eu vou. Como eu tenho aptidão para a área de negócios, já pensei em me especializar para atuar como product owner nos projetos, por exemplo. Ao mesmo tempo, eu tenho a opção de continuar como QA e evoluir na área. De toda forma, acredito que um não seja impeditivo para o outro.
Mas eu não estou com pressa para dar o próximo passo. Por enquanto, eu continuo adquirindo conhecimento, principalmente porque eu sei que tudo o que eu aprender pode agregar no meu trabalho. Inclusive, comecei uma pós-graduação na área de tecnologia visando vagas internacionais e estou interessada em fazer o curso de JavaScript da EBAC.
A partir de agora, acredito que tudo vai acontecer naturalmente. Como eu já estou no mercado, se não parar de buscar conhecimentos, vou continuar evoluindo. Meu LinkedIn está aberto, eu acompanho o mercado e novas oportunidades podem surgir.”
Camila aconselha quem quer ir para a área de Qualidade: se prepare para o mercado porque, assim, você poderá mudar de vida
“Para quem está em transição para Qualidade de Software, eu falo: não precisa se assustar. Todo mundo tem a impressão de que tem que saber muito código para entrar na área. Mas, para quem está iniciando, as habilidades comportamentais chegam a ser mais importantes do que as técnicas. Estas, inclusive, você pode aprimorar ao longo do tempo.
Então, se você tem aptidão para área de Qualidade, estude, faça cursos e se prepare para o mercado de trabalho. Essa é uma área muito bem remunerada e possibilita uma boa qualidade de vida. Em troca, ela pede que você esteja atualizado e entregue resultados. É uma possibilidade para mudar de vida – assim como eu mudei a minha. Inclusive, se você faz parte de alguma minoria – LGBTQIAP+ ou negros, por exemplo -, eu sinto que as empresas estão procurando por esses profissionais cada vez mais, criando universos mais diversos, e isso é muito bom, porque vai enriquecendo a área.”
Engenheiro de Qualidade de Software
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