Da matemática para a ciência de dados: a transição de carreira de Douglas Joziel

Última atualização
02 out 2023
Tempo de leitura
14 min
a transição de carreira de Douglas Joziel

Após concluir o curso Profissão: Cientista de Dados, Douglas fez as consultorias com o Centro de Carreiras e participou do programa de empregabilidade da EBAC. Hoje, ele atua como cientista de dados na Unimed

Profissão: Cientista de Dados

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Douglas Joziel (35 anos) mora no Rio Grande do Sul (RS) e desde que entrou no curso superior de matemática, ele tinha uma vontade: ser um pesquisador e construir uma carreira acadêmica. E foi assim que ele fez mestrado e doutorado, logo após concluir a sua graduação.

Porém, com a desvalorização da ciência no país, Douglas percebeu que era o momento de mudar de área. Em suas buscas, ele percebeu que poderia aproveitar grande parte da sua bagagem profissional em uma nova área: a ciência de dados.

Assim, Douglas fez sua matrícula no curso Profissão: Cientista de Dados e, hoje, após concluir o curso, já atua como um cientista de dados na Unimed. Para saber mais sobre a sua história, conversamos com Douglas, que nos contou sobre a sua trajetória profissional e como foi a sua experiência na EBAC.

Douglas Joziel

Douglas Joziel. Fonte: arquivo pessoal

Apesar de ter uma carreira acadêmica consolidada, Douglas decidiu mudar de área após a desvalorização da ciência no Brasil

“Eu sou professor de matemática, mas eu nunca exerci a minha profissão. Isso porque quando eu terminei a graduação, já fui direto para o mestrado e, depois, fiz o doutorado. Eu sempre tive vontade de ser pesquisador, um cientista. Os meus estudos, nesse período, foram em modelagem matemática na área de engenharia elétrica. Então, eu sempre estive envolvido com pesquisa, dentro de laboratórios, nunca numa sala de aula.

Quando eu estava pensando em me tornar um professor universitário para exercer a minha profissão, não foi possível. O ano de 2018 não foi muito bom para quem estava dentro da academia. Cortaram verbas da ciência, bolsas de estudos e, logo depois, veio a pandemia. Esse foi o pontapé inicial para eu começar a procurar e entender como eu poderia mudar de carreira.”

Douglas escolheu a ciência de dados por ter se identificado com as atividades da área e por gostar de resolver desafios reais

“O termo ciência de dados é bem recente, mas eu faço ciência de dados há muito tempo porque a modelagem matemática tem tudo a ver com a área. Na modelagem você coleta, limpa, trata e modela os dados para criar um modelo final, assim como na ciência de dados.

Então a minha escolha pela área foi porque eu já tinha um feat com ela. Eu já tinha o conhecimento matemático, toda a rotina que os cientistas de dados têm já era normal para mim e eu poderia aproveitar quase 100% daquilo que eu já tinha de carreira. Por isso, pensei que o caminho mais óbvio para mim era escolher a ciência de dados.

Outro grande ponto para eu decidir pela ciência de dados é a liberdade criativa que o mundo corporativo oferece. Quando você entra numa empresa, você trabalha com um problema real, acha a solução para ele e já tem uma próxima questão para ser resolvida. Na academia, não. Lá é tudo muito engessado, você fica refém dos professores e fica andando em círculos em cima do mesmo problema, e eu já havia começado a não ver sentido nisso.

Então, de forma geral, eu me identifiquei com a área de dados por conta do meu histórico profissional, por gostar de novos desafios a cada dia, por poder resolver problemas reais e trazer valor para os negócios.”

Por indicação de um amigo, Douglas conheceu a EBAC, gostou da proposta e resolveu se tornar aluno da escola

“Eu passei por outras escolas antes da EBAC, mas a experiência não foi legal. Depois de uma aula na última escola, eu compartilhei com um amigo meu, o Eric Marques, que eu não estava satisfeito e que iria sair do curso. Ele me falou que eu teria que romper o contrato e que poderia ser complicado, mas eu realmente estava decidido a sair.

Então, eu saí dessa escola e fiquei perdido, não sabia para onde ir. E aí o Eric me apresentou a EBAC. Falou que era uma instituição bacana, me mostrou o material, a plataforma de aulas e eu fui pesquisar mais sobre a escola. Troquei mais ideias com o Eric, mas fui postergando a decisão. Em novembro do ano passado, decidi arriscar: eu me inscrevi na EBAC e quis fazer dar certo. E posso dizer que foi uma experiência muito legal!”

Ensinar como um cientista de dados pensa é o principal destaque do curso para Douglas

“O curso, de modo geral, é incrível. Se eu tivesse que destacar um único ponto, o que eu achei de mais interessante, foi a visão que o João Serrajordia (professor do curso, mais conhecido como Juca) trouxe nas aulas: tenha foco nos dados e na ciência, não tanto nas ferramentas.

Esse é um dos grandes contrastes da EBAC em comparação com outras escolas. Em outros cursos, eles dizem que você tem que saber Python, Tableau, Power BI… e não é esse o segredo da ciência de dados. O ponto do curso é esse: mostrar que ciência de dados não é uma ferramenta. Ciência de dados é o pensamento, é a forma analítica de encarar as coisas.

E eu tive uma grande identificação com o Juca, com a forma como ele fala. O André Perez também foi outro cara sensacional nas aulas de Python e o professor Lucas Serra também foi incrível. E são todos profissionais que têm uma visão acadêmica e que conseguiram fazer um match muito bacana com o mundo dos negócios. No curso, eles passam o embasamento teórico, mas mostram que saber a teoria não é tudo. Você tem que colocar a cabeça para funcionar.

Centro de Carreiras auxiliou Douglas na reformulação do seu currículo e o preparou para participar do processo seletivo da Unimed

“Eu só fiz as minhas consultorias com o Centro de Carreiras após finalizar o curso. Quem me atendeu foi a Carolina Fiordelisio (team leader do Centro de Carreiras) e eu já cheguei falando que havia me submetido a vagas de emprego na área, mas que ninguém havia me chamado. E aí ela me disse “ok, vamos ver o seu currículo”. Eu mostrei o meu currículo Lattes a ela, com toda a minha vida acadêmica. Ela olhou e começou a me dar dicas sobre como fazer um documento melhor. Ela, inclusive, compartilhou um modelo de currículo da EBAC e eu fui ajustando conforme a minha personalidade.

Com o currículo pronto, depois da minha primeira sessão com o Centro de Carreiras, me submeti a mais uma vaga, dessa vez para a Unimed. No outro dia, já me responderam dizendo que queriam marcar uma entrevista. No primeiro momento, eu não pude acreditar e pensei que eles estavam brincando. Passado o choque, eu mandei e-mail para a Carol contando a novidade.

A partir daí, as minhas outras duas sessões com ela foram para eu me preparar para a entrevista. Por conta dessa preparação, eu cheguei na entrevista super confiante, tanto que o pessoal que fez a entrevista comentou depois, em um feedback, que eles acharam muito legal a maneira como eu me apresentei, elogiaram o meu currículo e a forma como eu me portei. Inclusive, comentei depois com a Carol que as consultorias fizeram a diferença porque tudo o que eles me perguntaram na entrevista, eu já tinha treinado com ela: pontos fortes e fracos, meus objetivos, como quero estar em 5 e 10 anos… tudo! Então, as consultorias foram muito bacanas!”

Apoio do programa de empregabilidade fez a diferença para Douglas conquistar a vaga de cientista de dados na Unimed

“Assim que eu terminei as consultorias com o Centro de Carreiras, já estava no processo de seleção da Unimed e comecei a participar do programa de empregabilidade. Conversei com a Kate Lukianova e com a Camila Dantas, do departamento de Business Development, nós fizemos uma call muito bacana e elas me passaram mais instruções.

E, basicamente, o programa de empregabilidade veio para consolidar o que eu havia visto nas consultorias do Centro de Carreiras. A Camila ficou me monitorando, toda semana ela me perguntava ‘e aí, Douglas, como estão os processos?’ – porque, além da vaga da Unimed, eu fui me submetendo para outras também, seguindo todas as orientações.

Depois que eu passei da primeira fase do processo da Unimed, que era mais para eles me conhecerem, fui para a segunda etapa, que era uma entrevista com os profissionais da área técnica, e eles me pediram para fazer um desafio. Foi nessa fase que eu pude ver o quanto o programa de empregabilidade da EBAC é fantástico, porque quando eu falei para a Camila que eu tinha um desafio técnico para fazer, ela me disse que iria disponibilizar um tutor para me acompanhar no processo, e foi assim que eu comecei o meu contato com a Úrsula.

Com o desafio em mãos – que eu havia recebido numa sexta-feira e tinha até o domingo para entregar -, eu comecei a trabalhar nele e tive a oportunidade de contar com o auxílio e opiniões da Úrsula sobre o que eu estava desenvolvendo. No final, o resultado foi super positivo e eu fui aprovado para a vaga.

O programa de empregabilidade é muito mais do que apenas o envio de vagas para os estudantes. A EBAC dá um suporte muito bom durante todo o processo. Claro, o estudante tem que participar de tudo e estar disposto a se ajudar. Não é simplesmente ficar esperando algo cair do céu. É muito mais uma troca, uma colaboração entre a EBAC e o estudante.

Eu fui proativo, fiz o curso e me dediquei. Mas ter toda uma equipe que está segurando a barra para você é muito diferente. Isso me deu muita segurança. Então, o programa de empregabilidade foi outra parte fantástica da minha experiência na EBAC. Sou muito grato!”

Conhecimentos adquiridos ao longo do curso foram usados no desafio técnico e Douglas recebeu feedback positivo dos gestores

“No desafio técnico já deu para sentir que eu vou conseguir aplicar os conhecimentos adquiridos na EBAC no meu dia a dia na Unimed. Durante o desafio, apesar do time não ter deixado claro, eles queriam que eu utilizasse o Tableau. Mas eu não domino essa ferramenta. E aí eu pensei ‘o que eu faço, desisto da vaga? Não!’ Aí eu decidi que era o momento certo de tomar decisões e arriscar, assim como é falado no curso. Se você é cientista de dados, você tem que tomar decisões.

Então, eu tomei a decisão de fazer o teste no Streamlit, que era a ferramenta que eu tinha aprendido no curso. E a devolutiva que eu tive, inclusive dos gestores de TI e de dados, foi que eles ficaram encantados. Eles disseram que a minha forma de pensar e de abordar o problema era muito diferente. Ainda falaram que estavam acostumados a receber só gráficos e eu havia apresentado uma ferramenta interativa que podia mudar a análise de dados, já que nela é possível combinar variáveis diferentes. Então, já a partir do teste técnico, deu para ver que eu vou conseguir aplicar os conhecimentos e que o curso aborda pontos diferentes e importantes para o dia a dia de um cientista de dados.”

Surpresa e completude foram os sentimentos que Douglas teve ao receber a notícia da aprovação

“Quando eu recebi a notícia da aprovação, não acreditei. Porque esse havia sido o primeiro processo seletivo do qual eu tinha participado, depois de estar sendo acompanhado pela EBAC, e já tinha dado certo. Na matemática, é muito comum a gente se autossabotar. Por isso, fui para a entrevista e, mesmo com todo o apoio, dentro de mim eu não acreditava que era possível e achava que não iria dar certo.

Então, quando chegou a notícia, foi uma surpresa enorme para mim. Depois, eu fiquei com um sentimento de completude. Eu pensei ‘nossa, deu certo! De fato, o que a EBAC promete é real!’

E a partir desse momento, eu comecei a recomendar o curso para todo mundo. Conversei com o pessoal da universidade que me perguntou o que eu estava fazendo e expliquei toda a minha migração de área, contei sobre a EBAC e que tinha dado tudo certo.

Então foi um misto de surpresa, realização e completude. Eu fiquei muito feliz, sério. E a minha família e os meus amigos também ficaram contentes. Foi uma alegria total!”

Financeiramente, a migração de carreira também foi boa para Douglas. Além disso, novos horizontes também se abriram.

“Em um primeiro momento, se a gente fizer uma equiparação entre o que um professor universitário substituto e um cientista de dados recebem, os valores quase se equivalem. Mas o grande detalhe é que na ciência de dados há uma grande progressão de carreira e ela acontece de forma rápida, diferente da academia. Então, no meu caso, valeu muito a pena! Tanto agora, quanto a médio e, principalmente, a longo prazo.

Inclusive, é interessante perceber que na área de ciência de dados, os profissionais podem falar o quanto querem receber. A empresa pergunta a sua pretensão salarial, você pode negociar um valor e a empresa oferece o que você pediu e mais um pouco para que você aceite a proposta de trabalhar lá. Então, realmente, tive um ganho financeiro considerável, sim, e a área pode abrir outras possibilidades também.

Digo isso porque eu fui selecionado para atuar como cientista de dados, mas algumas escolas já entraram em contato comigo para começar a trabalhar ensinando sobre a área. Como tem carência de profissional, também existe uma carência de quem ensina. Então, isso também é muito bacana.”

Para o futuro, Douglas gostaria de se tornar head de ciência de dados em uma empresa e, talvez, voltar para a academia para ensinar o que vem aprendendo na área

“Eu me vejo na área da ciência de dados por um longo período, talvez pela minha vida inteira. Dentro da área, acredito que vou me especializar na criação de modelos. Porque, dessa forma, eu vou linkar com todo o background que eu já tenho na parte acadêmica.

Eu percebo também que há uma brecha bem bacana na academia para revisitar velhos problemas e as formas como eles foram resolvidos, mas agora com insights da ciência de dados. Eu vejo muito isso, principalmente na área que eu estudei. Então talvez eu acabe voltando para as minhas origens, dentro da academia e como professor, mas sem abandonar a ciência de dados.

Mas, de modo geral, a minha ideia é seguir essa perspectiva mais técnica, ser um cara mais mão na massa e ir subindo de nível. De júnior para pleno, até chegar a um sênior e, talvez, ser head de ciência de dados dentro de uma empresa. Eu acho que isso seria algo bem bacana. Então, possivelmente, o meu caminho seja esse. Quero me consolidar na área, ir para essa parte de modelos e, quem sabe um dia, começar a compartilhar com os outros o que eu aprendi, devolvendo um pouco todo o bem que a EBAC fez por mim.”

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Bruna Montenegro

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