Um novo tipo de líder

Última atualização
02 jun 2023
Tempo de leitura
6 min

Como o papel de liderança mudou ao longo dos anos e como são os verdadeiros líderes agora

Historicamente, executivos eram vistos como pessoas obstinadas, com ternos imaculadamente passados ​​e relações frias e distantes com seus funcionários — pense na série de TV Mad Men.

É uma história diferente agora.

Ainda precisamos de líderes que tenham uma visão clara, que trabalhem bem e que estejam comprometidos com os objetivos da organização agindo com integridade, honestidade e transparência.
Mas o ambiente comercial mudou tão radicalmente que tivemos que adaptar a forma como lideramos para acompanhar o ritmo. Em outras palavras, a forma de liderança está mudando à medida que a estrutura corporativa evolui e o pensamento inovador domina.

O entendimento era puramente de uma relação de comandante e comandado

Liderança antes: autocrática e focada na tarefa

Até cerca de vinte anos atrás, as empresas operavam em um mundo relativamente estável, onde as mudanças ocorriam em um ritmo muito mais lento. A internet era popular há pouco tempo, o trabalho remoto não era o fenômeno que é agora.
Nesse cenário, a liderança autocrática costumava ser a norma: os gerentes tomavam todas as decisões, com pouca contribuição dos funcionários. Eles tinham controle total, dando às pessoas uma orientação clara sobre o que, quando e como fazer. O foco estava na realização das tarefas.
“O entendimento era puramente de uma relação de comandante e comandado”. explica Karen Lucena, Mestre em Gestão de Organizações Aprendentes, Executiva do setor financeiro, e criadora do perfil no Instagram “Gestora Sincera“.

Nesse mundo estável, também era mais fácil para as organizações identificarem seus futuros líderes. Com um plano de carreira linear sendo a norma e as pessoas permanecendo nos empregos por mais tempo, as organizações sabiam exatamente de onde viriam os próximos chefes: daqueles que batiam mais metas.

Karen Lucena

Os líderes mais desejados hoje em dia são os que conseguem reconhecer e lidar com as emoções (suas e do time) e que conseguem se relacionar com assertividade. E pra ser assertivo nas relações, esses líderes precisam ter empatia, saber ouvir, se comunicar com clareza e objetividade, aprender continuamente, além de ter um interesse genuíno em desenvolver e ensinar outras pessoas.

Liderança agora: colaborativa e focada nas pessoas

Avance até os dias de hoje e vivemos em um mundo impulsionado por mudanças constantes, em que os líderes precisam estar sintonizados com o impacto da tecnologia e serem altamente adaptáveis.

Esta nova forma de trabalhar abriu as portas à inovação e à criatividade.
Isso significou uma mudança para uma abordagem mais colaborativa. Nesse novo estilo de liderança, o trabalho não é mais organizado de cima para baixo. “Atualmente, espera-se que um líder seja capaz de conseguir equilibrar os interesses de cada liderado, da empresa e os seus próprios. Além disso, espera-se também que o líder inspire, guie e extraia do time resultados que permitam que as empresas cresçam”, diz Karen.

“Para isso, um líder precisa de habilidades que vão muito além do conhecimento técnico”, continua. Por isso, houve uma mudança da liderança regida por essas habilidades técnicas para uma regida por “soft skills”: as habilidades de personalidade. Os líderes precisam saber lidar e motivar pessoas em primeiro lugar.

Uma pesquisa publicada na Forbes mostrou que tem havido um declínio contínuo desde 1999 no número de empresas que sentem que têm líderes prontos para substituir aqueles que se aposentam ou seguem em frente.

Mas isso só significa que as empresas precisam prestar mais atenção. “Lembra de quando um líder era escolhido pelo conhecimento técnico ou pelos cursos que tinha? Pois é! Esse tipo de seleção de líder está ficando démodé (embora ainda aconteça por aí)! Os líderes mais desejados hoje em dia são os que conseguem reconhecer e lidar com as emoções (suas e do time) e que conseguem se relacionar com assertividade.

E pra ser assertivo nas relações, esses líderes precisam ter empatia, saber ouvir, se comunicar com clareza e objetividade, aprender continuamente, além de ter um interesse genuíno em desenvolver e ensinar outras pessoas”, conclui a especialista.

Como a liderança influencia o local de trabalho

Conforme uma pesquisa da empresa de serviços profissionais Deloitte, 78% dos futuros líderes empresariais acreditam que a inovação é necessária para o crescimento dos negócios, mas apenas 20% das organizações recompensam a criatividade e novas ideias.
Ter um líder que sabe manter seus funcionários motivados, recompensando os pensamentos inovadores, “é possível e é necessário”, como coloca Karen.

“Um líder estimula a equipe por meio de parceria, apoio, reconhecimento, direcionamento e, principalmente, pelo exemplo! Não cabe mais arrogância e pedantismo em ambientes que desejam desenvolver pessoas para gerar resultados melhores e mais consistentes! Um líder humilde entende que ninguém sabe de tudo (e nem precisa saber) e compreende que precisa do time para gerar resultados. Entende que todos são importantes e possuem relevância no processo e que os conhecimentos — e as habilidades — devem se complementar e não competir ou conflitar entre si. As chances de sucesso de um time liderado por alguém humilde e assertivo são bem maiores! Vai por mim!”, diz a executiva.

Como se tornar um (bom) líder?

“Sou adepta do pensamento de que podemos adquirir qualquer habilidade, desde que estejamos realmente interessados e dispostos a isso!
Também sou adepta ao pensamento de que antes de ser um líder formal, com cargo, essa liderança deve existir ou se apresentar informalmente. Um líder é aquela pessoa que influencia outras. De alguma forma isso já deve acontecer antes de você ser promovido a um cargo de liderança. Algumas pessoas têm mais facilidade que outras, mas todas precisam se debruçar e se aperfeiçoar na arte da liderança! O que me ajudou na minha trajetória foram livros, mentoria, terapia, líderes (formais e informais), cursos e observação! Eu parto do pressuposto de que em todo ambiente organizacional (ou não), teremos pessoas e processos; E, logicamente, os processos dependem das pessoas … Portanto, observem, estudem, se dediquem e se conectem com pessoas. Ouçam, sintam, percebam as pessoas! Elas são uma fonte de aprendizado e experiência inesgotável pra um líder”, conclui Karen.

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Equipe EBAC

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