Teste de usabilidade: o que é e para que serve?

Última atualização
25 maio 2024
Tempo de leitura
12 min
Teste de usabilidade

Prevenir falhas de design e ficar alinhado com as necessidades do usuário são alguns dos benefícios dessa técnica de pesquisa que avalia a facilidade de uso de um produto ou serviço.

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Os testes de usabilidade são fundamentais durante o processo de desenvolvimento de produtos e serviços, proporcionando insights valiosos sobre a interação dos usuários reais com as interfaces.

Realizar testes de usabilidade não apenas identifica problemas e pontos de melhoria, mas também alinha o produto às necessidades e expectativas do usuário, prevenindo falhas de design e otimizando o desenvolvimento de um produto ou serviço. Se você quer saber mais sobre os testes de usabilidade, continue a leitura.

Definição e objetivos dos testes de usabilidade

Teste de usabilidade: técnica de pesquisa para avaliar a facilidade de uso de um produto ou serviço, observando usuários reais interagindo com ele.

Objetivos: identificar problemas de usabilidade, pontos de melhoria, garantir eficácia, eficiência e satisfação do usuário.

O código ISO 9241-11, da International Organization for Standardization, define usabilidade como a capacidade de um produto ser usado com eficácia, eficiência e satisfação por usuários específicos em um contexto de uso.

Importância dos testes de usabilidade para o desenvolvimento de produtos

Fazer testes de usabilidade é bom para:

Prevenir de falhas de design: testes no início do desenvolvimento evitam retrabalho, reduzem custos e melhoram a recepção do produto final.

Ficar alinhado com as necessidades do usuário: feedback direto do público-alvo aprimora o atendimento aos requisitos e comportamentos esperados.

Ter Insights além das métricas: testes revelam problemas e oportunidades que dados quantitativos não capturam, refinando hipóteses para testes A/B.

Tipos de testes de usabilidade

Testes de usabilidade podem ser classificados como moderados, não moderados e exploratórios, e avaliam a experiência do usuário.

Tipo Descrição
Moderados Conduzidos por um facilitador, presencialmente ou remotamente, para observação direta e questionamento
Não moderados Realizados remotamente pelos usuários, sem supervisão, úteis para feedback rápido e menor custo
Exploratórios, avaliativos, comparativos Para geração de ideias, avaliação de satisfação, comparação com concorrentes

Planejamento de testes de usabilidade

Para fazer testes de usabilidade é preciso ter um planejamento com objetivos claros; convocar participantes representativos; fazer um roteiro estruturado e um teste piloto. Essas são características essenciais para identificar problemas e fazer otimizações de usabilidade.

Na hora de definir os objetivos, você estabelece metas, métricas e escopo do teste, alinhados com a estratégia do produto.

Para o recrutamento de participantes, é preciso selecionar usuários representativos do público-alvo, em número adequado por rodada.

Fazer um roteiro estruturado também é importante para o teste. Nele, você vai elaborar tarefas relevantes e perguntas objetivas para conduzir o teste com neutralidade e, assim, identificar problemas de usabilidade.

Fazer um teste piloto é fundamental para refinar a clareza e a funcionalidade do teste, antes da aplicação completa, minimizando custos.

Características dos testes de usabilidade

Os testes de usabilidade têm:

Tarefas específicas: alinhadas com funcionalidades-chave, o teste simula o uso real do produto ou serviço para descobrir problemas de usabilidade e potenciais otimizações.

Critérios de sucesso: eles devem estar claramente definidos, alcançando objetivos por vários caminhos do usuário, exceto quando o uso de filtros específicos é o foco, permitindo uma avaliação abrangente da usabilidade.

Limites de tempo: de acordo com o pai do user experience (UX), Jakob Nielsen, a duração da atividade deve ser entre 30 segundos e 7 minutos, garantindo que a duração total do teste tenha menos de uma hora para evitar fadiga.

Perguntas detalhadas: durante o teste, faz-se perguntas aprofundadas sem viés, para obter insights abrangentes do usuário.

Neutralidade: manter a imparcialidade nas perguntas da entrevista de usabilidade são importantes para evitar influência não intencional na resposta, garantindo integridade e confiabilidade dos dados no feedback do usuário.

Análise de resultados e aplicação de insights de testes de usabilidade

Depois do teste de usabilidade, é necessário fazer a análise dos resultados para que as implementações no produto ou serviço sejam feitas. Algumas dessas análises são:

Análise qualitativa: revela causas raiz e soluções por trás dos problemas, enriquecendo abordagens corretivas com contexto humano.

Análise quantitativa: utiliza métricas como taxa de sucesso, taxa de erro, tempo da tarefa e satisfação para identificar gravidade e localizar problemas.

Priorização: classifica problemas com base no impacto global e abrangência, para que a equipe resolva as questões mais críticas primeiro.

Análise de tarefas: tempo de execução, desvio padrão, erros, dicas, sucesso, comentários para feedback detalhado, benchmark de usabilidade são exemplos de tópicos a serem analisados pós-teste de usabilidade.

Apresentação dos resultados: é importante compartilhar com a equipe sobre o resultado do teste, porque ele tem impacto direto em decisões de design e produto.

Análise qualitativa: é fundamental conferir a satisfação do usuário e ter o feedback da interface para aprimorar a abrangência do teste.

Após as análises, é importante fazer a aplicação dos insights para:

Aprimorar a experiência: utilizar feedback dos usuários que fizeram o teste para impulsionar mudanças no design, documentando impacto e progresso contínuo.

Difundir a importância da usabilidade: é recomendável disseminar os resultados e falar da importância dos testes para toda a empresa, tornando a pesquisa com usuários parte integral dos processos.

Democratizar as ferramentas: adotar soluções simplificadas de teste e fazer registro para ampliar a acessibilidade e frequência dos testes.

Imagem: Shutterstock

Métricas para avaliar eficácia, eficiência e satisfação em testes de usabilidade

Para fazer os testes, é necessário ter algumas métricas de avaliação, como:

  • Métricas de eficácia em testes de usabilidade

Taxa de Sucesso da Tarefa (TSR): percentual de tarefas concluídas com êxito; fundamental para garantir a assertividade do sistema.

Sucesso Binário: mede tarefas completadas com sucesso e as que não foram completadas com sucesso; esta é uma métrica simples, mas poderosa.

Taxa de Erro (TE): frequência de erros na execução de tarefas; aponta falhas na usabilidade a serem corrigidas.

  • Métricas de eficiência em testes de usabilidade

Tempo na Tarefa: tempo médio para usuários completarem tarefas; crucial para otimizar rapidez da interação.

Eficiência: comparação entre o sucesso da atividade e o tempo total que o usuário levou para completar a tarefa; comparação, também, entre a taxa de atividades e o tempo; essa métrica amplia a análise de eficiência.

Curva de Aprendizado: evolução do desempenho ao longo do tempo; indica facilidade de aprendizado do sistema.

  • Métricas de satisfação em testes de usabilidade

Escala de Usabilidade do Sistema (SUS): 10 perguntas, respostas imediatas pós-teste.

Pesquisa de Satisfação do Cliente (CSAT): mede quantitativamente satisfação com aspectos do sistema e da interface.

Feedback qualitativo: comentários abertos, recebidos dos usuários, para destacar motivos de satisfação e insatisfação.

  • Métricas combinadas e coleta de dados em testes de usabilidade

Índice de Desempenho da Usabilidade: integra eficácia (TSR, TE) e eficiência na performance da interface.

Eficiência Relativa do Usuário: compara desempenho de usuários novatos e experientes; avalia curva de aprendizado.

Ferramentas de análise: Google Analytics para dados demográficos e comportamentais; Hotjar para gravações de interação.

Questionários padronizados: validados psicometricamente; dados pós-teste objetivos, replicáveis e quantificáveis.

Processo para classificar e priorizar problemas de usabilidade

Após fazer a análise dos resultados, classifique problemas de usabilidade por severidade, frequência e impacto, priorizando os críticos que impedem o uso e, depois, os maiores que atrapalham as tarefas. Comunique à equipe de forma concisa, destacando problemas específicos e soluções recomendadas.

  • Para identificar problemas de usabilidade:

Realize avaliação heurística: identifique problemas de usabilidade usando 10 princípios de Nielsen. Esta é uma análise rápida e econômica da interface.

Conduza testes de usabilidade: descubra problemas observando usuários realizando tarefas e coletando feedback qualitativo.

Analise métricas de UX: para avaliar experiência e usabilidade, fique atento às seguintes métricas: System Usability Scale (SUS), Customer Effort Score (CES), Net Promoter Score (NPS), Customer Satisfaction Score (CSAT), Churn Rate e Time to Resolution (TTR).

  • Para classificar problemas por severidade

Priorize resolução com base nas anotações após avaliação heurística:

Severidade Descrição
Crítico Sistema indisponível, integridade dos dados em risco, sem solução alternativa, correção obrigatória
Maior Atrapalha tarefas do usuário, desempenho abaixo do especificado, propenso a erros, necessita de métodos alternativos
Menor Baixa prioridade, pouco impacto na usabilidade

Considere frequência e impacto: além da severidade, classifique os problemas com base na frequência de ocorrência e impacto no usuário.

  • Para resolver os problemas de usabilidade:

Crie matriz de priorização: combine Figma e Confluence para uma ação eficaz e para agilizar feedback e melhorias no produto ou no serviço que está sendo testado.

Foque nos problemas críticos: aborde primeiro questões de alta severidade que impedem o uso do produto ou do serviço, como indisponibilidade do sistema.

Priorize problemas maiores: em seguida, corrija problemas que atrapalham tarefas, causam erros ou exigem soluções alternativas.

Resolva problemas menores: planeje a resolução de problemas de baixo impacto, conforme os recursos permitirem.

  • Para comunicar e acompanhar problemas de usabilidade:

Crie um relatório conciso: destaque problemas específicos, evidências e soluções recomendadas para ação eficaz.

Use documentação dinâmica: utilize Figma e Confluence para atender stakeholders diversos. Essas ferramentas facilitam o alinhamento e a compreensão.

Faça análise pós-implementação: valide correções com feedback do usuário e estatísticas de sucesso.

Integração de insights de testes de usabilidade em metodologias ágeis

A integração de metodologias ágeis e design centrado no usuário, ou User-Centered Design (UCD), melhora a usabilidade e a satisfação do usuário. Práticas como user stories e personas adaptadas ao ágil garantem um desenvolvimento focado no usuário.

  • Sinergia entre Agile e UCD

Integração Agile-UCD: ambas metodologias iterativas, focadas no usuário, aprimoram a qualidade do produto, enfatizando loops de feedback.

Alinhamento Agile-UCD: antecipa a coleta de requisitos do usuário, permitindo a iteração de práticas de UCD dentro de frameworks ágeis.

Base comum Agile-UCD: foco no usuário e no negócio apoia o desenvolvimento holístico de software, aprimorando a satisfação do usuário e o valor do negócio.

  • Testes de usabilidade no desenvolvimento ágil

Feedback do usuário no Agile: processo iterativo melhora a usabilidade do design, a eficiência das tarefas, promovendo experiências positivas do usuário.

Duração do sprint: equilíbrio necessário na integração UCD-Agile entre necessidades de pesquisa e desenvolvimento acelerado do Agile, crítico para o sucesso do projeto.

Integração de usabilidade ágil: adapta feedback rápido e design centrado no usuário ao código aberto, combatendo longos ciclos de desenvolvimento.

  • Práticas ágeis para usabilidade

User stories: no desenvolvimento ágil, servem como ferramentas de design centradas no usuário, fundamentais para software intuitivo.

Extreme Personas no Extreme Programming (XP): inova a análise de usuários no Human-Computer Interaction (HCI) ágil ao adaptar a técnica de personas, enriquecendo o design de interação de software.

Trilhas paralelas UCD-Agile: coleta antecipada de requisitos do usuário, integrando benefícios incrementais do Agile, garantindo desenvolvimento centrado no usuário.

  • Estratégias organizacionais para integração Agile-UCD

Suporte à abordagem UCD: promove a tomada de decisões baseada em evidências, mudando a cultura organizacional para a satisfação do usuário.

Entendimento Agile-UCD: essencial para o aprimoramento mútuo das metodologias, qualidade do produto digital, requer comunicação clara, frameworks de colaboração interdisciplinar.

Papel dos profissionais de UX: fundamental na ponte entre ágil e UCD, facilitando a integração interdisciplinar e garantindo o design centrado no usuário em meio a desafios.

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Testes de usabilidade são fundamentais para garantir produtos digitais eficazes, eficientes e satisfatórios, alinhados às necessidades reais dos usuários. A integração de insights de testes de usabilidade em metodologias ágeis de desenvolvimento aprimora a qualidade do produto e a satisfação do usuário.

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