CGI: os efeitos visuais no universo cinematográfico
A tecnologia surgiu na indústria, mas logo se tornou uma peça fundamental para a linguagem cinematográfica ser expandida
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Se você cresceu nos anos 1990, viu – literalmente – os efeitos gráficos das produções do audiovisual e dos games evoluírem.
Do primeiro filme da franquia “Jurassic Park”, passando por toda tecnologia disruptiva de “Matrix” e “O Hobbit” até os filmes do “Dr. Estranho”, é gritante a diferença dos efeitos visuais. É o aprimoramento do CGI.
CGI é uma sigla em inglês para o termo Computer Graphic Imagery, ou seja, imagens geradas por computador. É a famosa computação gráfica.
O termo se refere às imagens, geradas em computadores, que têm três dimensões e profundidade de campo. Essa combinação dá aquela sensação de que os cenários, os personagens e os objetos são tão reais.
Portanto, CGI é praticamente todo efeito visual ou animações que vemos nas produções atuais
A história do CGI
O termo Computer Graphic Imagery foi criado por um diretor de arte em computação gráfica chamado William Fetter. Ele trabalhava na empresa Boing, na década de 1960, e usou o novo termo para representar a área de informática que gerava imagens computadorizadas.
A primeira máquina que possuía esse tipo de funcionalidade foi criada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, e era usada apenas para fins acadêmicos e militares. Foi só na década seguinte que a tecnologia foi se popularizando.
O aumento da capacidade de processamento de dados dos computadores permitiu que tal tecnologia fosse usada para além da indústria, como no cinema por artistas visuais.
Um dos pioneiros foi John Whitney Sr., formado em música e fotografia, e seguiu como artista visuai. Nos anos 1940, ele e seu irmão James criaram um filme experimental que foi ganhador de um festival de cinema da Bélgica. Ele se tornou diretor de animação no estúdio United Productions of America (UPA). Nessa função ele fez uma parceria com o designer gráfico Saul Bass e, juntos, criaram a sequência de abertura do filme “Um corpo que cai”, de Alfred Hitchcock, de 1958. Além de filmes, também passaram a produzir arte gráfica para programas de televisão.
Em 1960, Whitney fundou a Motion Graphics Incorporated. A empresa usava um computador para produzir cenas e comerciais para cinema e televisão. Whitney construiu seu próprio computador, a partir de eletrônicos excedentes da guerra – era uma máquina enorme com 3,5 m de altura. Em 1961, ele produziu um filme colorido de 7 minutos chamado “Catalog”. No filme, é possível conferir todos os efeitos que ele havia criado e aperfeiçoado com seu computador caseiro.
Filmes que marcaram a história do CGI
A evolução das ferramentas de CGI no audiovisual pode ser analisada usando uma linha do tempo marcada por produções cinematográficas disruptivas.
2001: Uma odisséia no espaço
Stan Winston foi um grande especialista em efeitos especiais norte-americano. Ele recriou o conceito de animatronics: estruturas robóticas – ou controladas por humanos – que seriam usadas para criar tais efeitos cinematográficos. O conceito foi aplicado pela equipe do diretor Stanley Kubrick em “2001: Uma Odisséia no Espaço”, em 1968. A clássica cena do astronauta correndo em baixa gravidade, nada mais era do que uma roda gigante!
Star Wars – Uma Nova Esperança
Anos mais tarde, George Lucas usou CGI em “Star Wars – Uma Nova Esperança”, de 1977, tornando a saga uma referência em efeitos visuais. No primeiro “Star Wars” foi usado pouco mais de 40 segundos de computação gráfica, na cena em que o líder da frota rebelde mostra a planta digitalizada da Estrela da Morte. Ainda assim, a tecnologia da época exigiu semanas para que a cena ficasse pronta.
Dykstra, o principal supervisor de efeitos especiais, concebeu um novo sistema de câmara de movimento controlado por computador. Apelidado de Dykstraflex, a camera permite um modelo de nave espacial ser filmado num fundo de blue screen numa única posição enquanto a câmara se movia em torno dele, com a ideia de fornecer a ilusão de movimento.
Antes desse filme, os planos de naves no espaço em longas-metragens eram filmados com modelos de grande e pequena escala, o que permitia apenas movimentos lentos e rígidos.
Outros objetos poderiam ser também filmados com o mesmo movimento de câmera, uma vez que esta era controlada por computador. Quando todos esses elementos diferentes foram combinados ou “compostos” juntos, parecia um único plano dinâmico.
No filme seguinte, “O Império Contra Ataca”, a mesma técnica foi usada em conjunto com stop-motion nas sequências de ação da Batalha de Hoth e com as criaturas Tauntaun. Os responsáveis pela criação de efeitos especiais criaram o que viria a se chamar Go-Motion. A técnica foi usada também em outros filmes blockbusters como “ET”, “Indiana Jones”, “Blade Runner” ou “Os Caça Fantasmas”.
Matrix
Essa técnica consiste em fatiar o tempo de captura de movimento de um objeto, mostrando em câmera lenta o deslocamento de personagens por milésimos de segundo. É aquela cena icônica de Neo desviando das balas.
Em “Matrix”, um set com 120 câmeras fotográficas e mais duas de cinema capturavam as cenas de ação simultaneamente.
Avatar
No filme de 2010, o diretor criou um universo de alienígenas azuis que são invadidos por humanos em busca de seus recursos naturais.
“Avatar” tem o marco de não apenas criar um universo tecnologicamente, mas aplicar ferramentas de CGI para capturar expressões faciais humanas e aplicá-las nos seres azuis. O ator é transformado em um personagem, muitas vezes com características não humanas.
O professor William Kimura, professor do curso de Game Artist da EBAC, comenta que o fato das expressões faciais serem tão realistas faz os telespectadores se sentirem ainda mais imersos na história e se identificarem com personagens que não existem fora das telas do cinema.
As aplicações atuais de CGI
Animações geradas por computador são mais controláveis que outros processos físicos, como construir miniaturas para tomadas de efeitos especiais ou contratar atores extras para cenas de multidão. Com a tecnologia aplicada ao cinema, as possibilidades de criação de personagens e universos para além da imaginação de cineastas e animadores se tornou (quase) realidade.
Aplicação de figuras virtuais
O CGI permite adicionar elementos ou modificar algo existente. As imagens são tão realistas que dão aquela sensação de que o personagem está mesmo ali e faz parte do ambiente. Um exemplo é o “Hulk”, do filme dos Vingadores. Ele foi todo criado por computador e aplicado na cena de forma que, no filme, pareça real.
Captura de movimento facial de alta fidelidade
A captura de movimento facial é uma ferramenta de CGI, que permite aos cineastas transferirem 100% das performances físicas dos atores para seus “avatares” digitais. O avanço da técnica permite que o ator ganhe uma ferramenta na composição de seu personagem, mas sem perder os elementos de sua atuação.
O sistema óptico obtém dados usando marcadores especiais anexados a um ator – essas bolinhas no rosto ou macacões especiais com marcações, como os exemplos abaixo. (O Hobbit e o Homem de Ferro 2).
Os marcadores formam o esqueleto do ator e delimitam musculaturas essenciais da expressão facial. As câmeras possuem leds em volta da lente que iluminam os marcadores, que refletem a luz, permitindo assim a captura. As câmeras geralmente são especificamente desenvolvidas para “enxergarem” apenas os pontos de luz. O esqueleto virtual, então, é inserido sob o esqueleto do personagem criado digitalmente.
Além das “bolinhas”, os atores usam toucas feitas individualmente e são equipados com uma pequena câmera posicionada na frente dos seus rostos. As informações coletadas de suas expressões faciais e olhos são então transmitidas para computadores. A ferramenta chamada de “Reposição de Performance Facial” (FPR, sigla em inglês) permite ao cineasta retrabalhar digitalmente os movimentos faciais de um ator.
Paisagens e cenários fantásticos
O CGI pode ser usado para fazer cenários, mas também adicionar personagens e objetos na pós-produção. Para isso, é usada a famosa tela verde. Ela possibilita criar uma camada a partir da imagem, “recortar” o fundo no pós-processamento e assim trocar por outra imagem feita em computador. Um exemplo é Sin City, um filme em uma cidade distópica.
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