Currículo e portfólio: entenda as diferenças e quando usar cada um
Documentos importantes num processo de seleção, currículo e portfólio desempenham papéis diferentes e complementares.
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Currículo e portfólio são dois documentos que podem ser solicitados por empresas que estão em busca de novos colaboradores. Ambos possuem informações a respeito da carreira profissional de uma pessoa, porém em formatos diferentes. O currículo contém informações escritas e o portfólio é algo mais visual.
De certa forma, eles se complementam e funcionam como um cartão de visitas. É importante entender como estruturá-los, já que eles podem ser a primeira impressão que o recrutador tem de um candidato.
Para saber o que é importante colocar em cada documento e como eles podem ser formatados, conversamos com a team leader do Centro de Carreiras da EBAC, Carolina Fiordelisio.
O que é currículo
O Curriculum Vitae (CV) ou currículo é um documento que possui informações resumidas a respeito da vida profissional de uma pessoa. Quando ela estiver interessada em uma vaga de emprego, este é um dos documentos que podem ser solicitados para que seja feita uma análise preliminar do candidato em um processo de seleção.
“O currículo é uma forma de a pessoa demonstrar para o mercado, para uma empresa ou para um recrutador tudo o que ela pode oferecer profissionalmente. Então, você faz um resumo sobre as suas experiências, formações e conhecimentos para mostrar o que pode e o que deseja fazer”, explica Carolina.
O que colocar no currículo
Em um modelo de currículo, podem ser colocadas diversas informações. Algumas que necessitam ser destacadas são as de contato, objetivo profissional, qualificações, formações acadêmicas, experiências profissionais e atividades complementares.
- Informações para contato
Uma das principais informações para se ter no currículo são as de contato. É preciso colocar no início do documento: nome, número de celular, e-mail, endereço e, caso possua, link para o perfil no LinkedIn.
Antigamente era comum os profissionais colocarem, próximo às informações de contato, uma foto, mas, hoje em dia, não é algo necessário. “Foto não é mais essencial, o profissional só precisa colocar caso a empresa peça”, diz Carolina.
- Objetivo profissional
É também fundamental colocar, no início do documento, o objetivo profissional. Não é indicado escrever frases genéricas como “procuro uma oportunidade para me desenvolver”.
É interessante que, ao preencher esse campo, o profissional inclua o nome da vaga para a qual está se candidatando. Então, caso alguém que acabou de sair da universidade esteja procurando vaga como desenvolvedor full stack, ele pode escrever no objetivo profissional “atuar como desenvolvedor full stack júnior” ou até “procuro a minha primeira oportunidade de trabalho como desenvolvedor full stack júnior”.
Assim, o recrutador consegue identificar se o propósito do candidato é compatível com a vaga ofertada.
- Qualificações e formação acadêmica
Após a parte introdutória, é indicado que o profissional faça um resumo das qualificações que possui, principalmente se for alguém mais experiente. “É legal contar quais são as suas principais habilidades e conhecimentos que se conectam com a vaga desejada”, conta Carolina.
Se um profissional está procurando vagas para atuar como designer de interiores, ele pode destacar qualificações em gerenciamento de fornecedores, arquitetos e engenheiros e também em design de iluminação, por exemplo.
Outro tópico que não pode faltar no currículo é sobre formação acadêmica, ou seja, listar os cursos que foram feitos, principalmente em relação à graduação, pós-graduação e mestrado.
- Experiências profissionais
É importante colocar no currículo as experiências profissionais anteriores, da mais recente para a mais remota. É recomendado pontuar as experiências que tenham a ver com a vaga para a qual a pessoa está se candidatando.
“Fazer uma lista com as experiências profissionais que a pessoa já teve é fundamental. Nome da empresa, qual foi o cargo, em que período trabalhou no local, as atribuições, resultados que atingiu naquela experiência. Essas informações costumam chamar atenção de quem está lendo”, destaca Carolina.
Exemplo de como a experiência pode ser escrita no currículo:
Analista de redes sociais
Empresa Y
Novembro de 2017 até o momento
Responsabilidades
- Acompanhei as métricas das páginas da empresa no LinkedIn, Instagram e TikTok
- Contribuí com a equipe de marketing composta por designers gráficos e redatores
- Conduzi reuniões em inglês com parceiros internacionais da empresa
Principais conquistas
- Desenvolvi estratégias que aumentaram em 50% o engajamento de todas as redes sociais da empresa
- Habilidades
Carolina ainda diz que é recomendado ressaltar no currículo as principais habilidades técnicas que a pessoa domina e que são importantes para a vaga. Então, alguém da área de design gráfico pode ressaltar que domina ferramentas como Photoshop, Illustrator e InDesign quando estiver em busca de uma vaga de designer gráfico.
- Informações complementares
Para finalizar, é também interessante indicar quais idiomas o profissional sabe falar, se já fez intercâmbio, se já atuou como voluntário, listar cursos livres, workshops e eventos que tenha participado.
- Ter mais de uma versão de currículo
Se o profissional está em busca de vagas de emprego em áreas diferentes, é interessante possuir mais de uma versão de currículo.
“Se o profissional tem habilidades e conhecimentos que a possibilitem atuar em mais de uma área, é legal ter mais de uma versão de currículo. Assim, ele consegue direcionar cada uma das versões para as áreas específicas. Caso contrário, o documento pode ficar confuso com tantas informações”, explica Carolina.
Portanto, se uma mesma pessoa está buscando, ao mesmo tempo, uma vaga de designer gráfico e de analista de recursos humanos, ela precisa ter currículos diferentes. É importante que cada um esteja direcionado e contenha informações sobre o que ela quer fazer.
Formatos de currículo
O currículo pode ser impresso ou digital e pode ser feito em diferentes layouts. Porém, além desses formatos, atualmente as empresas também têm usado plataformas de recrutamento para o seu processo de seleção.
- Impresso e digital
O currículo pode ter dois formatos: impresso ou digital. Nos dois casos, a quantidade de páginas recomendada é a mesma: no máximo duas.
Além disso, as informações contidas nos dois podem ser iguais, mas eles têm destinos diferentes. Quando se tem um currículo impresso é para que ele seja entregue de forma presencial em uma empresa. Já o digital pode ser enviado por e-mail, por exemplo, diretamente para o recrutador.
- Plataformas de recrutamento
“Hoje existem algumas plataformas para recrutamento de candidatos como o Gupy. A empresa disponibiliza a vaga e a pessoa precisa se candidatar pelo site. Nesses casos, é o sistema de inteligência artificial da plataforma que faz a leitura do currículo da pessoa”, explica Carolina.
Nesses casos, as informações solicitadas podem ser as mesmas que são colocadas no currículo tradicional. Mas o profissional também pode ser submetido a alguns testes – como o de perfil comportamental e de lógica – que já fazem parte do processo de seleção para a vaga.
- Layout
Em relação ao layout do currículo, Carolina explica que para o profissional que procura vaga em áreas como design gráfico, ilustração e marketing, pode ser interessante fazer uma versão mais criativa do documento, caso ela vá enviá-lo por e-mail.
Porém, Carolina faz um alerta: se a pessoa quiser anexar o currículo em sites como o Gupy ou LinkedIn, é melhor que ela tenha uma versão mais simples, sem muitos símbolos e gráficos porque pode ser que o sistema não consiga interpretar a informação. Então, nesse caso, é melhor optar por uma versão mais clássica.
Imagem: EBAC
O que é portfólio
O portfólio também é um documento que vai conter informações sobre a carreira profissional de uma pessoa, só que de uma maneira mais prática.
“Enquanto no currículo a pessoa vai escrever o que ela sabe fazer, no portfólio ela vai mostrar o que já fez. Então, nele podem conter trabalhos que foram desenvolvidos e projetos que o profissional já tenha participado, por exemplo. Assim, você mostra para o mercado o que faz de forma prática”, conta Carolina.
Um portfólio de um designer gráfico pode conter diversos tipos de artes que ele tenha produzido, materiais diagramados ou logotipos desenvolvidos. Um fotógrafo vai exibir as fotos produzidas. Já para alguém de programação, o portfólio pode ter os códigos de programação de projetos que ele desenvolveu.
O que colocar no portfólio
Para estruturar um portfólio, é interessante que o profissional selecione os seus melhores trabalhos, o mantenha atualizado e escolha trabalhos compatíveis com a vaga desejada.
- Seleção de melhores trabalhos
Sabendo que o portfólio é uma amostra de trabalhos que o profissional já realizou, a pessoa precisa fazer uma seleção entre os melhores projetos que já desenvolveu. O portfólio do designer Jose Hurtado pode ser um exemplo.
Essa seleção é importante porque o portfólio, assim como o currículo, tem que ser objetivo. Caso o documento contenha muitas informações, dificilmente o recrutador irá prestar atenção em tudo o que há ali. É preciso que o profissional consiga mostrar o seu potencial em alguns trabalhos já desenvolvidos.
Além de mostrar visualmente o que foi desenvolvido, é interessante que a pessoa também descreva o que exatamente produziu no projeto. Assim, fica claro para o recrutador as habilidades do profissional.
- Trabalhos atuais
Carolina ainda reforça que é importante manter o portfólio atualizado. Afinal, ao longo do tempo, as habilidades da pessoa vão sendo aprimoradas e, consequentemente, os resultados dos seus trabalhos também vão evoluindo.
Por isso, de tempos em tempos, é recomendado atualizá-lo para que, se ela se inscrever para uma vaga que exija determinado tipo de conhecimento ou habilidades, o recrutador poderá perceber de forma rápida.
- Trabalhos compatíveis com a vaga
O portfólio pode ser usado de maneira estratégica. Por exemplo, se um fotógrafo deseja conquistar uma vaga numa empresa que tira fotos de casamentos, o ideal é que, em seu portfólio, ele mostre o que já fez na área e não coloque fotos aleatórias. Já um arquiteto que queira trabalhar como paisagista, é recomendado que mostre as suas habilidades na área.
Formato de portfólio
Os portfólios costumam ser digitais. Para isso, profissionais podem estruturar documentos em PDF, utilizar plataformas on-line ou fazer o próprio site.
A partir de programas como Word da Microsoft Office ou LibreOffice Writer, o profissional pode fazer o seu portfólio com diversas páginas e transformá-lo em um arquivo PDF.
Assim, os trabalhos selecionados são colocados de forma organizada em um documento e o seu compartilhamento pode ser feito por e-mail de forma fácil. Caso o arquivo fique grande, é possível convertê-lo para um tamanho menor e para que seja possível fazer o envio.
- Plataformas on-line e site
Há várias plataformas on-line que são populares entre profissionais que funcionam como portfólio.
O Behance, por exemplo, é utilizado por designers gráficos que usam a plataforma para expor os seus trabalhos. Já o GitHub é utilizado por profissionais da área de TI. Lá, eles conseguem fazer um perfil – como foi o caso do professor do curso Profissão: Analista de Dados da EBAC, André Perez -, colocar os seus códigos de programação e deixá-los visíveis para o público.
Há também profissionais que preferem fazer o próprio site, como o autor John Green. Para isso, existem alternativas gratuitas como o Google Sites. Este é um serviço gratuito do Google que auxilia a pessoa a criar um site que também pode ser um portfólio.
Uma vantagem de ter o seu portfólio em plataformas on-line ou em sites é que o link que dá acesso a ele pode ser colocado no currículo digital, o que faz com que o recrutador possa ver, de maneira rápida, o que foi desenvolvido pelo profissional.
Independente do formato escolhido, uma dica para quem está em dúvida se o portfólio está adequado é pedir a profissionais da área com mais experiência ou professores para fazer uma avaliação. A partir de opiniões mais técnicas, o portfólio vai sendo aprimorado.
Currículo ou portfólio?
De acordo com Carolina, profissionais de todas as áreas devem ter um currículo. Já o portfólio, não.
“O portfólio costuma ser mais exigido em áreas como design gráfico, fotografia, UX/UI design, marketing, porque são setores mais voltados à imagem. Por conta disso, o profissional consegue mostrar, de fato, o que ela já desenvolveu e os projetos que participou. A área de programação também é mais uma onde portfólios são solicitados. Através deles os recrutadores podem ver os códigos desenvolvidos”, explica Carolina.
Alternativas para quem tem pouca ou ainda não tem experiência profissional
Para quem está entrando no mercado de trabalho ou em transição de carreira, mesmo ainda não tendo acumulado tanta experiência profissional, é importante ter currículo e, se for necessário, portfólio.
Para esses casos, Carolina aconselha investir em cursos. “Colocar no currículo que já fez ou está fazendo cursos na parte de formação acadêmica é interessante porque já mostra que você está estudando e buscando começar na área. Na parte de experiência, uma alternativa é destacar projetos já feitos. Nesse caso, podem ser até projetos pessoais, o que demonstra que está ganhando habilidade.”
Já para quem quer construir um portfólio, utilizar projetos pessoais ou desenvolvidos em graduações e cursos também pode ser uma alternativa. “Os cursos da EBAC têm esse benefício de a pessoa fazer projetos exatamente para colocar no portfólio. Após a avaliação do tutor, a pessoa já sabe que o projeto está legal para ser colocado no portfólio”, conta Carolina.
Outra forma de adquirir experiência e exibir o que se sabe fazer, é desenvolver projetos para amigos e familiares. Assim, mesmo sem ganhar nada, é uma maneira de aprimorar habilidades e colocar o resultado no currículo e/ou portfólio.
Profissão UX/UI Designer
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