Da arquitetura para a criação de personagens 3D nos games
A dedicação aos estudos e à construção de um excelente portfólio levaram Marcelo Pinheiro a uma vaga internacional.
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Dê vida aos seus personagens com modelagem 3D. Utilize Blender, Unreal e ZBrush para modelar, texturizar e renderizar suas criações. Torne-se um especialista em uma área com alta demanda e destaque-se na indústria do entretenimento.
Embora Marcelo Pinheiro, de São Paulo, sonhasse em trabalhar criando personagens, na época do vestibular, não existiam cursos voltados para games ou animação 3D. E eram poucas as opções de cursos livres.
Ele então escolheu cursar arquitetura, que o aproximava de projetos em 3D. “Meu primeiro emprego foi na publicidade, criando e modelando material para pontos de venda (como nas lanchonetes Burger King e para as lojas Bauducco). Mas também trabalhei com mockup (modelo em tamanho real) digital de produtos e maquetes eletrônicas para cenografia”.
Muito estudo e dedicação com foco na transição de carreira
Em 2010, ele se especializou em animação em uma das primeiras escolas do País nessa área e logo começou a trabalhar na emissora de televisão Rede TV!. Como designer e 3D generalista, ele fazia as vinhetas dos programas, criava logos e eventualmente modelava algum personagem – sua paixão.
Na emissora, existia a possibilidade de optar por uma carga horária menor do que as 8 horas semanais tradicionais. E nas horas que sobravam, Marcelo estudava e praticava. “Meu tempo livre sempre foi dedicado a isso. Mesmo quando sem acreditar que conseguiria um emprego na área. Sempre achei muito interessante, não conseguia evitar de estudar”.
“Fiz alguns workshops, mas sempre estudando muito sozinho ao mesmo tempo. Fiz um ótimo curso de anatomia [o intensive training in digital sculpting and anatomy do artista norte-americano Scott Eaton, em 2016], que considero ter sido um ponto de virada nos meus estudos”, diz Marcelo. Nessa área, é preciso dominar não apenas o desenho, mas criar e esculpir artefatos, objetos e personagens em diversos softwares diferentes, como Z Brush, Marvelous, 3D Max e Unreal.
A dedicação aos estudos e aos cursos livres renderam diversos trabalhos como freelancer para clientes internacionais, como StarBeast e SKYWARD VFX.
A virada para character artist
Foram cinco anos conciliando a rotina na emissora, freelas e estudos até que um trabalho na área finalmente aconteceu. Ele foi contratado pela Iron Studio, uma empresa especializada em action figure (esculturas colecionáveis de personagens e criaturas de games, séries e filmes). Lá, ele reproduzia os personagens icônicos dos universos Marvel, Star Wars e DC. Era um dos lugares que Marcelo sonhava em trabalhar.
Mas o sonho era a criação de personagens para games ou filmes, uma área em que boa parte das oportunidades está no exterior. Dos dez jogos mais vendidos em 2012, dois vieram do Canadá: Assassin’s Creed III e FIFA 13. Neste país, há uma política de incentivos fiscais para empresas do segmento e programas de incentivo para a colocação de profissionais da área, como o Ubisoft Game Lab e o Game Lab Competition da ESAC (Entertainment Software Association of Canada).
Na Europa, um destes programas é o Career Camp, que acontece durante o evento THU Trojan Horse Was An Unicorn. Mas para concorrer, era preciso ter permissão de trabalho para um dos países da região ou ser cidadão. Marcelo não estava em nenhuma das categorias. Até que com a pandemia, o processo foi flexibilizado. O evento aconteceu on-line, incluindo os processos do Career Camp. Rigorosa, a organização pediu que os candidatos enviassem seus portfólios para avaliação.
“Primeiro, meu portfólio foi avaliado para garantir uma qualidade mínima. Depois de aceito, pude me candidatar para as vagas que me interessei. Os recrutadores me chamaram para conversar. Acabei passando para a etapa seguinte de duas vagas. Então, conversei com os leads de cada time em mais entrevista. Por fim, me pediram pra fazer um Art Test”, explica Marcelo. Art Test é um teste em que o candidato recebe um briefing. Depois de buscar referências, começa a criar e esculpir o personagem, administrando todas as fases em um dado tempo.
Desde o início deste ano, Marcelo trabalha remotamente para uma empresa de games da Inglaterra, com um contrato fixo e uma equipe formada por pessoas de outros países.
As oportunidades como freelas, ele explica, geralmente acontecem primeiro porque a empresa não precisa pagar nenhum custo com imigração, o que inviabiliza o processo, muitas vezes. “Mas, com a facilidade do trabalho remoto, talvez essa balança se equilibre no futuro”, aponta.
Como se tornar um character artist?
Hoje, existem diversos cursos de formação para quem quer trabalhar no desenvolvimento de personagens, como o Desenho de Personagem 3D. Nele, você irá aprender a utilizar Blender, ZBrush e Unreal para dar vida às suas criações.
Trabalhando em uma equipe com pessoas de diversas nacionalidades, Marcelo percebe que existem oportunidades para pessoas realmente dedicadas, com um nível de trabalho acima da média, de qualquer parte do mundo. As dicas dele são:
- Estude o máximo possível.
- Trabalhe muito no seu portfólio.
- Compare o nível do seu trabalho com os que ganham destaque no Artstation. “Assim que você achar que está em um bom nível ou conseguir alguns destaques com o seu trabalho, candidate-se! Há grandes chances de ser chamado”, indica.
Desenho de personagem 3D
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