O que é o design gráfico e por que aprendê-lo?

Última atualização
01 jun 2023
Tempo de leitura
10 min
O que é o design gráfico

O design gráfico transmite os princípios de um negócio através da arte.

Profissão: Designer Gráfico

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O dicionário define o design gráfico como a arte ou a habilidade de combinar textos e imagens para anúncios de publicidade, revistas ou livros, mas na realidade é muito mais que isso. É uma profissão que comunica mensagens a diferentes grupos sociais de maneira visual. Neste artigo explicamos tudo o que você precisa saber para começar na área; você receberá alguns conselhos para começar a sua carreira profissional como um designer gráfico.

O que é o design gráfico e para que serve?

É pouco provável que uma empresa tenha êxito se não investir em design gráfico, já que o designer tem a missão de criar a primeira impressão da empresa, definindo os princípios do negócio através de sua arte.

Um bom design gráfico consegue comunicar a história da marca e atrair a atenção da clientela, incrementando as vendas, melhorando a visibilidade e aumentando a credibilidade da empresa. Além disso, desenvolve a imagem profissional da empresa, onde os elementos gráficos se vinculam para gerar consistência e unidade.

O logo de uma empresa determina como os clientes potenciais perceberão o negócio. A função de um designer gráfico é criar um logo que seja único, atrativo e representativo da marca.

O caso prático

Vamos pensar em duas empresas que oferecem o mesmo serviço e no impacto que o design gráfico pode ter sobre o seu público ― Google e Bing.

Segundo um estudo realizado pela empresa de estratégia e design de marca Siegel+Gale, o logo do Google está entre os dez mais memoráveis da história, junto com outras marcas de primeiro nível como Nike, Apple, McDonald’s e Coca-Cola. O design gráfico de seu logo não só é criativo e reconhecível, como também transmite inteligência; é intuitivo, simples e amigável com seus usuários.

Do lado oposto, o logotipo do Bing foi nomeado como o pior de 2009 tanto por empresas de design gráfico como por fanáticos da tipografia. Na época, ele foi descrito como desatualizado, tedioso, pouco memorável e de qualidade amadorística, isso afetou a confiança que o público tem no serviço de marca. Ainda que o Bing seja uma extensão da bem-sucedida empresa Microsoft, é o buscador número dois, com apenas 5% de presença no mercado comparado com o Google, que tem mais de 90%, segundo Statista e Statcounter.

Fonte: freepik

Saídas profissionais do design gráfico

Agora que você já sabe o que é o design gráfico e qual é o seu papel no mercado de trabalho, vamos dar uma olhada nos oito tipos de design gráfico existentes:

  • Web design: É o segmento que se encarrega de desenhar a aparência visual de um website. Orienta a maneira como cada usuário percebe o site, organiza o conteúdo e cria uma estrutura que combina tipografia, imagens e cores.
  • UX Design: Está focado em elaborar produtos que sejam intuitivos e amigáveis para o usuário e atendam suas necessidades. Trabalha principalmente em websites, aplicativos móveis e jogos, obedecendo a ideia de tornar os elementos interativos funcionais e fáceis de usar.
  • Graphic Design (ou animação): Inclui animação, som, tipografia, imagens, vídeos e efeitos especiais que possam ser utilizados online. A princípio, era aplicado na indústria da televisão e cinema, mas hoje em dia pode ser encontrado tanto em plataformas digitais como Netflix, Amazon Prime e YouTube quanto em videogames e redes sociais.
  • Branding: Especializa-se em desenvolver a identidade de uma marca para comunicar sua personalidade, tom e essência. Neste segmento combinam-se logos, tipografia, paletas de cores e ilustrações.
  • Design publicitário: Sua função é criar o design de flyers, anúncios, cartazes comerciais e folhetos. O designer gráfico especializado neste campo pode ter experiência em marketing e desenvolver uma profunda visão comercial.
  • Packaging Design: Esta especialidade se encarrega de criar a imagem externa das embalagens. Os designers conhecem as ferramentas de impressão. São flexíveis, criativos, capazes de resolver problemas e de se adaptar às peculiaridades de cada indústria para que os produtos que desenham capturem a atenção do público.
  • Design editorial: Consiste nas publicações de distribuição massiva como livros, jornais, catálogos e revistas. As publicações digitais exigem vital importância, por isso os especialistas desta área devem desenvolver vínculos com editores e outros perfis da indústria para fazer o design de capas e definir uma tipografia selecionada, ilustrações, fotografias e gráficas para o conteúdo do produto em todos os seus formatos.
  • Design ambiental: Os exemplos deste tipo de design incluem murais e ambientação de eventos, conferências, exposições em museus, interior de lojas, bares e restaurantes. O designer ambiental deve combinar conhecimentos de arquitetura, paisagismo, design industrial e design de interiores.

Fonte: freepik

Conceitos básicos de design gráfico

Todas as disciplinas derivadas do design gráfico seguem os mesmos conceitos básicos ― são regras que ajudam a definir e regulamentar como cada elemento interage com outro, com o contexto e com o público. Vamos focar nos sete conceitos básicos mais importantes:

  • Linha: dependendo de seu comprimento, forma e espessura, cada linha ajuda a mostrar movimento e comunicar emoções. Por exemplo, linhas escuras expressam estabilidade, enquanto os rabiscos evocam nervosismo.
  • Forma: é definida como uma área com perímetros fechados. As formas costumam ser divididas em geométricas e orgânicas: as formas arredondadas se conectam à harmonia, as quadradas e retangulares são associadas ao equilíbrio e as assimétricas comunicam caos ou desorganização.
  • Cor: a teoria da cor é um conhecimento indispensável para que o designer gráfico possa criar combinações apropriadas com esquemas complementares ou análogos para produzir diferentes reações psicológicas segundo o contexto cultural e, dessa maneira, potencializar cada projeto.
  • Textura: é a forma pela qual percebemos as superfícies, sejam essas suaves, ásperas, viscosas, com aspecto de areia, etc. O conjunto de texturas de um projeto o torna mais interessante, chamativo, volumoso e, em consequência, mais polido e profissional.
  • Tipografia: o tipo de letra afeta o humor do design. A tipografia é classificada por fontes com serifa (ao estilo romano), sem serifa (sem ornamentos nem terminais), cursivas (manuscritas) e decorativas (de exposição). Certas tipografias denotam modernidade, como a Helvética, ou elegância, como a Bickham. O designer aproveita os traços das fontes para transmitir as características do produto.
  • Espaço: Aumenta o impacto visual da obra, equilibra elementos pesados com suaves e dá ênfase ao que se quer transmitir. Sem espaço suficiente, uma imagem pode saturar-se de elementos e confundir o público. Saber como trabalhar um espaço permite assinalar a importância de um elemento em relação a outro, mas também pode marcar a diferença na composição, conseguindo transformar obras amadoras em trabalhos profissionais.
  • Imagem: é o uso das ilustrações e fotografias para atrair a atenção do público e expressar mensagens específicas. A ideia é maximizar o interesse visual com imagens de cores contrastantes e diferentes texturas, com a intenção de que o público foque no produto.

Fonte: Freepik

Programas e ferramentas de design gráfico

Existem muitos programas que facilitam a aplicação dos conceitos básicos.

Entre os mais destacados estão:

  • Adobe Illustrator: é um editor de gráficos vetoriais e um programa de design para criar ilustrações, gráficos, diagramas, tabelas, logos e desenhos animados.
  • Adobe Photoshop: é empregado para a edição e o retoque de fotografias e gráficos.
  • GIMP: manipula imagens digitais tanto para criar ilustrações como para editar fotos. Contém as ferramentas essenciais e é gratuito.
  • CorelDRAW: trabalha com vetores assim como o Adobe Illustrator, com a diferença de que os designers especializados em marketing preferem este programa para impressão e criação de flyers, boletins informativos e cartões de visita.
  • Blender: é um software gratuito para modelagem, iluminação, renderização, animação e criação de gráficos tridimensionais.
  • Sumo Paint: é grátis e adapta-se tanto a computadores como a dispositivos móveis. Funciona online e oferece ferramentas simples de edição e desenho.

Em relação às ferramentas, o designer deve contar com:

  • Computador: deve suportar o software de design gráfico e ter suficiente memória e capacidade para compilar e guardar os trabalhos digitais.
  • Smartphone: por razões de conectividade, que possa fazer fotografia e vídeo de alta qualidade. Existem aplicativos funcionais que permitem trabalhar de maneira profissional como se a pessoa estivesse desenhando de um computador.
  • Papel e lápis: a ferramenta tradicional para transmitir ideias, layouts e inspirações.
  • Portfólio: é a representação visual da experiência do designer. Permite mostrar a capacidade e visão criativa do profissional através de seus trabalhos, com o objetivo de atrair a atenção de potenciais clientes.
Adobe

Fonte: Unsplash

As duas perguntas mais frequentes sobre a profissão

Preciso ter experiência para me tornar um designer gráfico?

As empresas procuram designers gráficos com ao menos um ano de experiência. No entanto, dentro da carreira de designer gráfico, obter essa experiência é possível de diversas maneiras.

Você pode começar com estágios, trabalhos voluntários, colaborar com startups, e são válidos também os projetos pessoais.

Hoje, pode-se dizer que a ferramenta principal na hora de procurar emprego é o portfólio. Na EBAC, ajudamos a criá-lo, para que você se destaque e consiga que os recrutadores prestem atenção em você.

Em que tipo de empresa um designer gráfico pode trabalhar?

O designer gráfico, segundo a especialização que obtiver ao longo da sua trajetória, pode trabalhar em diversos tipos de ambientes profissionais: agências ou empresas de branding, marketing, comunicação, publicidade, promoção ou eventos, gráficas, produtoras de filmes, startups, Organizações não Governamentais (ONGs) e até empresas públicas e de todo e qualquer segmento que tenham demandas contínuas de trabalhos gráficos. Também pode atuar como freelancer.

O design gráfico é uma das carreiras profissionais mais valorizadas no mercado e está em constante crescimento, uma vez que é flexível, gera altos rendimentos e oferece independência de trabalho. Algumas das principais capitais do mundo, como Washington, têm feito uma projeção de mais de 20% de crescimento dessa área nos próximos dez anos.

Se você está pensando em se dedicar profissionalmente ao design gráfico, a EBAC oferece o curso online Profissão: Designer Gráfico. Você aprenderá as bases de softwares do design gráfico, o processo criativo, tipografia, branding e identidade visual, design em diferentes formatos, gestão de projetos, packaging e muito mais. As aulas são em vídeo; você vai ter acesso a todo o material do curso na plataforma digital de maneira vitalícia. Além disso, realizará atividades com horário flexível e feedbacks personalizados sobre seus projetos. Ao concluir o curso com profissionais líderes no mercado, você receberá o certificado da EBAC que fará com que o seu currículo se destaque.

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Walter Lencina

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Profissão: Designer Gráfico

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